Polarização política e adoecimento

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Ninguém pode sair incólume da exposição continuada ao material altamente tóxico como aquele encontrado na arena política polarizada dos nossos dias. Adoecem, indistintamente, à Esquerda e à Direita, todos os que se expõem, sem máscaras e filtros, ao ambiente insalubre do debate político. Os primeiros a serem vitimados são aqueles mais aguerridos, os mais apaixonados, uma vez que a paixão, por natureza, sente demais e não costuma pensar com clareza. Esse destempero conduz ao desequilíbrio certo e suas consequências são inevitáveis. Como é quase impossível, para a maioria, adotar uma postura estóica e desapaixonada diante dos fatos, e com isso fazer uma análise fria, o adoecimento avulta.

Estou certo que você já passou mal ao ler um “post” de um colunista da mídia profissional ou de um amigo que se atreveu a publicar uma opinião política contrária à sua. A polarização política em seu reducionismo ideológico, esquerdiza ou endireita, não admitindo uma zona cinza. É preto ou branco. Estamos definitivamente entrincheirados em nossas linhas, sem possibilidades de conciliar nossas cosmovisões conflitantes, o que nos incita, provocando erupções, emulando intrigas e destravando comportamentos perigosos. Veja-se o caso do atentado contra o então candidato à presidência, Jair Bolsonaro que, por pouco, não resultou em sua morte. O que dizer da revelação bombástica feita pelo ex-Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, que diz ter ido, armado, ao Supremo Tribunal Federal, disposto a matar o Ministro Gilmar Mendes e cometer suicídio em seguida!

As pautas de qualquer agenda política invariavelmente carregam em si algum conteúdo de teor polêmico, do grego polemos, que significa, literalmente, guerra. Em uma guerra as baixas são inevitáveis. Se o número de mortes físicas em uma guerra causa horror, não é menos dramático o número daqueles que tombam por causa da exposição contínua à tensão e aos efeitos do clima beligerante verificado nas escaramuças políticas. O embate de ideologias que produz o fenômeno social da polarização política tem sido responsável por adoecer a milhões, emocional e psiquicamente. Segundo a versão eletrônica da revista Veja de 27/09/2019, pesquisa feita nos EUA mostra que os efeitos da polarização política devem ser levados à sério.

“Um novo estudo, organizado pela Universidade de Nebraska-Lincoln (EUA) e publicado ontem (25/09/19), buscou dimensionar o impacto da polarização política no psicológico dos norte-americanos. Veiculada no periódico científico PLOS ONE, a pesquisa, de acordo com os cientistas responsáveis, indica um grave problema de saúde pública. Cerca de 40% dos 800 entrevistados afirmou que a atual situação política os estressa, enquanto 20% relatou sofrer de insônia por causa do assunto. Além disso, um quinto dos participantes do estudo contou que perdeu amizades por causa de discussões políticas. Um dos achados mais preocupantes, segundo os pesquisadores, foi o seguinte: 4% dos indivíduos que responderam ao estudo contaram já ter tido pensamentos suicidas por causa da política. Aplicado à totalidade dos norte-americanos, esse número equivaleria a 10 milhões de pessoas.” 

A Política tem muitas semelhanças com a religião. Tem seus ícones, seus ídolos, seus deuses. Tem também sua “fé”, suas crenças, doutrinas, e com tudo isso, ideias e propostas para a construção de um mundo melhor, uma versão do paraíso. Por essa razão, afeta mente e coração, alvoroça as emoções e provoca paixões incontroláveis a ponto de produzir o bloqueio das faculdades da razão. Quando isso acontece, os homens ficam fanatizados, cegos, insensíveis, brutos até… Tudo é justificado por suas crenças em seus simulacros de deuses. Religião, portanto, não é coisa dos conservadores corolas da Direita. A Esquerda também tem seus ídolos, suas seitas e seus credos. Ao contrário do que se imagina, conforme o livro Eles Profanaram o Sagrado, “Ninguém vive sem uma crença. O assento de Deus nunca ficará vazio. Se o Deus verdadeiro não estiver ali, outro, sem dúvida, vai ocupar-lhe o lugar, quer sejam os ídolos, os ancestrais, o sexo, o poder, a ciência, as riquezas, a fama… Enfim, aquilo ou aquele por que o homem vive e morre ser-lhe-á por deus.”

Será que vale mesmo a pena adoecer, matar e morrer por esses deuses? Certo que não! Não se exponha excessivamente ao debate radioativo, não adoeça, não “mate” os diferentes em nome desses deuses insanos, sejam líderes, sejam ideologias…. Preserve-se! Evite respirar o ar carregado das toxinas da polarização. Se não houver bom senso e coerência, caia fora! Não tente persuadir, a menos que peçam, honesta e sinceramente: Elucide, por favor! É óbvio que para tanto voce precisará de preparo. Se já o tem, parabéns, elucide, se não, eduque-se primeiro! Mas, por favor, não se exponha ingenuamente a todo conteúdo que publicam enlouquecidamente a cada minuto no youtube, no twitter e demais plataformas onde essa guerra está se travando. Para preservar sua saúde e evitar fazer parte das estatísticas que apontam o adoecimento relacionado à polarização aqui tratada, procure não frequentar esses ambientes especialmente na parte da manhã nem na hora de deitar… Se for entrar, certifique-se de que está bem protegido pela Armadura, com todos os seus ítens. Quem lê, entenda!

 

Uma guerra de narrativas

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Educação Política – A guerra de narrativas (por luiz leite)

É bastante claro – para quem não é politicamente alienado – a cruzada que a Globo e a grande mídia de um modo geral vem travando contra o presente Governo. Quem assiste Jornal Nacional, lê Época, Veja, Folha de São Paulo, O Globo, entre outros grandes veículos de peso, pode ver, todos os dias, apenas uma versão da história: Bolsonaro é ridículo, um fascínora, um boçal!

Na verdade essa guerra não começou ontem! Todos eles, desde há muito, o tratam como representante da opressão e do atraso. Se levantaram contra o então candidato, durante a campanha presidencial e o massacraram o quanto puderam, de todos os modos.

Por alguma razão que nenhum especialista, nenhum cientista político, nenhuma lógica explica, ele os venceu a todos. A história todos já sabem: Sem tempo de TV, sem verbas de campanha, sem apoio da mídia, sem partido até quase o último momento, alvo de terríveis campanhas difamatórias de todas as partes, acabou subindo a rampa do palácio do Planalto, para horror de seus opositores. Como nada nem ninguém explica a eleição do homem a quem os desafetos chamam de facista, entre outros adjetivos até mesmo impublicáveis, muitos recorrem a Deus para resolver o mistério e sustentam: Só pode ter sido Deus! Sim, dizem, Deus o elegeu.

No último dia 25 de agosto milhares de brasileiros decentes, sem articulação do governo ou de partidos, foram às ruas em defesa de uma pauta por um Brasil melhor. As 5 pautas da grande manifestação foram:

1. Contra a articulação do STF para promover a soltura do líder da quadrilha, condenado em 3 instâncias por unanimidade;

2. Pela Liberdade para os agentes públicos do COAF, BACEM e Receita Federal continuarem fazendo o seu trabalho sem ingerência do STF;

3. Pelo Veto total do presidente à Lei de Abuso de Autoridade de Renan Calheiros, concebida para proteger os corruptos e intimidar os agentes da lei;

4. Pelo cumprimento do regimento interno do senado, para que o presidente Davi Alcolumbre coloque me votação 17 pedidos de Impeachment de ministros do STF; Líderes do Legislativo e do Executivo foram condenados e presos. Os ministros do STF não são deuses!

5. Para que o Congresso aprove o voto distrital já para o ano que vem, para prefeitos e vereadores.

Pois bem, qualquer cidadão patriota há de concordar que essa pauta é para promover um país mais justo e melhor. Pois sabem qual dos órgãos de mídia citados deram manchete para a grande manifestação? Nenhum! Todos, no outro dia, falaram de futebol, ou das queimadas na Amazônia e das “ameaças” de Macron!

O Fantástico dedicou quase toda a grade às queimadas para tentar “queimar” o governo. Nunca se viu a imprensa tão claramente engajada em uma feroz guerrilha ideologica como então.

Há, sim, uma guerra em andamento, uma guerra de narrativas, para usar o jargão corrente. A Esquerda prometeu que teria resistência e está cumprindo o que prometeu. Para tanto moverá todos os esforços, e isto, sem ruborizar com sua completa ausência de escrúpulos… Pallocci, o ex-homem forte do governo Petista – que parece ter algum escrúpulo – resolveu confessar seus crimes como integrante do grupo criminoso ao qual pertenceu e começou a falar o que sabe sobre o BNDES.

Os rombos de Mensalão e Petrolão comparados ao dano que os quadrilheiros causaram aos cofres do país através do BNDES poderão parecer coisa de pequena monta. Não importará, entretanto, o que falarão os investigadores e delatores, a narrativa descarada da negação de seus crimes vai continuar. E também não importa o que digam os fatos, os dados, os números, ainda assim, muitos continuarão apoiando o sindicato do crime e seus líderes com os quais o PCC, a maior facção criminosa do Brasil, afirma que mantinha uma conversação “cabulosa”. Faz sentido, afinal falam do que lhes é próprio!

Quanto a Bolsonaro, segue falando algumas bobagens aqui e ali. O Brasil vai, aos poucos, se conformando com o estilo atípico do estadista. Pode ser bronco, sem refinamento (refinado era o Hadad, aquele que foi condenado a pouco a 4 anos por corrupção), mal educado, desbocado, e outras coisas de que lhe acusam… Se, todavia, pelo menos for honesto, o Brasil já estará no lucro. Éramos até a pouco uma cleptocracia desavergonhada. Todos roubavam, em todos os níveis do governo, razão vociferam contra os planos de privatização de estatais ineficientes. Brigam tanto por um Estado gordo, imenso, lento e inepto por se valem de muitas tetas para o seu projeto de poder. Para eles partido e ideologia estão acima do próprio país.

Parece que esses tempos chegaram ao fim! O fato desse presidente ter conseguido a façanha de formar um gabinete de ministros sem negociar com partidos lhe deu a possibilidade de cumprir uma promessa de campanha que em outros tempos e cenários seria impossível. Ministérios inteiramente técnicos que não precisam da benção de partido nenhum para pendurar em seus cabides seus apaniguados chega a parecer um sonho! É coisa nunca antes vista nesse país! Ministério da justiça nas mãos de um magistrado respeitável, ministério da economia dirigido por um homem de visão liberal, desestatizante, entre outros, enchem de esperança aqueles que viam o país atado às amarras de uma ideologia fracassada em todos os cantos onde se instalou.

Bolsonaro não deve mudar seu estilo. Vai continuar invocando a Bíblia e repetindo o bordão do qual a Esquerda tem ódio mortal: A verdade! Para enervá-los em cada fala cita Jesus Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Vai continuar incomodando ao falar de família, proteção das crianças, do direito à vida… Os elementos fundamentais do pensamento da Direita conservadora continuarão presentes em seu discurso: Deus, Pátria e Família! (tradicional), bem como valores como honestidade, integridade, e transparência, coisas essas que jamais se vê na narrativa do pensamento canhoto, ainda que seu ícone maior reinvidique o posto soberbo de alma mais honesta desse país!

Enfim, a guerra de narrativas vai continuar. Bolsonaro vai continuar se escudando com a verdade, que invoca em todas as suas falas. Vai continuar fechando seus discursos com o seu famoso bordão: “Brasil acima de tudo! e, DEUS acima de todos! Pois, quer gostemos, quer não, temos um presidente terrivelmente patriota e vamos ouvir pelos próximos 4 anos, ou quiçá, por muito tempo mais, esse grito de guerra do exército brasileiro que esoalhou-se pela nação e agora tornou-se o grito de guerra de 57 milhões de civis! Brasil acima de tudo!

Luiz Leite
Instagram: #porluizleite
Website: http://www.porluizleite.com

Deixemos de Hipocrisia!

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Educação política para incautos.

Se eu tivesse nascido uma década antes possivelmente teria morrido como um tolo no enfrentamento contra os militares em defesa de um projeto comunista para o Brasil. Conheço muitas histórias de pessoas que abraçaram a ideologia comunista nos anos de sua juventude e que hoje, maduros, reconhecem o erro que cometeram ao emprestar sua mente e militância para uma causa funesta e sem escrúpulos.

Precisamos deixar de ser hipócritas e reconhecer o serviço inestimável que as forças armadas prestaram ao nosso país. Os militares nos salvaram de um mergulho em um precipício onde, se a comunização tivesse tido êxito, o número de vidas ceifadas num período de 40 anos não seria “apenas” 434. (Dados da comissão da verdade).

Cuba, queridinha da esquerda, só de mortes por fuzilamento sentenciou e executou 17 mil pessoas, segundo o Livro Negro do Comunismo. A contar da revolução russa em 1917, o Comunismo  assassinou 100 milhões de pessoas pelo mundo afora! Deviam tomar vergonha e parar de usar como sua a bandeira da democracia. São totalitários por natureza e definição!

Ninguém em sã consciência pode fazer defesa do indefensável e apoiar a morte e a tortura, mas se não fosse pela intervenção militar, João Goulart, presidente deposto em 1964,  teria implantado o pesadelo comunista e destroçado esse país, pois essa é especialidade deles onde colocam as mãos.

A chamada ditadura no Brasil foi, de todas, a mais branda. Estima-se que na Argentina houve cerca de 9 mil mortos em um período bem menor, de 1976 a 1983. No Chile de Pinochet em 17 anos hoje estima-se que morreram 40 mil pessoas. Se tivessem tido sucesso no Chile, o Chile não seria a ilha de prosperidade que hoje é nesse continente conturbado.
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Sim, lamentamos a morte dos 434 brasileiros e brasileiras durante aqueles anos, do mesmo modo que devemos lamentar os 60 mil homicidios que acontecem por ano no país! O que não podemos é demonizar os militares como se fossem os vilões da história. Ademais é necessário lembrar que estávamos em guerra e quem começou essa guerra foram os militantes comunistas que declararam guerra ao regime com o atentado a bomba no aeroporto de Guararapes em Recife em 25 de julho, 1966, cujo intuito era matar o então candidato a presidente Costa e Silva.

A esquerda com seu discurso sempre vitimista, sempre chorões e desonestos (nunca jamais fazem seu mea culpa), quer nos fazer acreditar que os militantes mortos eram pessoas inocentes que foram ceifadas injustamente pela truculência da ditadura. Pois não havia santos castos em nenhuma das partes. E afinal, para usar uma fala de um de seus heróis, Stalin,  “não se faz uma revolução usando luvas de seda!”

Selva!!!

Um patriota.
_Luiz Leite_

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Pergunte ao Deserto

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                                            (Novo livro de Luiz Leite)

Apresentação (trechos)

Conta certa tradição que todo homem deveria ir ao deserto para encontrar sua alma. O termo deserto que nos remete às grandes porções de areia, aridez e temperaturas extremas, que se encontram ao redor do planeta, aqui trata- se de uma metáfora que se refere ao continente pouco conhecido da vida interior. O autor apresenta um convite que desafia o leitor a matricular-se na academia onde estudaram e graduaram todos os notáveis de que se tem notícia. Embora não atraia a muitos, este sempre foi o caminho dos homens e mulheres que fizeram escrever seus nomes na história. Seus feitos não teriam sido possíveis se não tivessem passado pela estranha escola.

Todos eles, ao se internarem no deserto suscitaram perguntas pois o caminho do deserto destoa do arranjo da vida simples e familiar que se conhece. Pergunta-se: O que foram fazer lá? Depois de terem seus nomes gravados, não na areia, mas na face da rocha da história, os mesmos que indagaram acerca do que aqueles homens e mulheres incríveis foram fazer no deserto, perguntarão atônitos: Como os tais fizeram aquilo? Todas as proezas, todos os feitos admiráveis, não importa a área, são concebidos e gestados no deserto, na solidão fecunda da vida interior. (…)

Símbolo do vazio, o deserto é lugar onde não se encontra suporte para as vaidades humanas. Enquanto no mundo comum tudo é desenhado para nutrir a fogueira das vaidades, encher os olhos cobiçosos e prover material para alimentar o vazio do coração insaciável do homem, no ermo ocorre o oposto. Não se encontra por lá material para se construir monumentos ao ego. Não há plateia no deserto a quem representar. Não há por lá expectativas a preencher. Não é necessário caprichar no discurso para impressionar ninguém. Não existe pressão por desempenho. Lá podemos ver o rosto por trás das máscaras, sem make up! Desnudos, despidos, sem vestes impressionantes, sem títulos, podemos finalmente contemplar e admitir, sem efeitos ou recursos que melhorem a imagem daquele que somos de fato. No deserto não tem photoshop.

O deserto depura o ouro, separa o precioso do vil, e nos presenteia com as sementes de um poder insuspeito! (…)

Ideologias – mentira e fato

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Nosso mundo é construído de escolhas. Apesar da frase soar como aparente obviedade, não se pode tratar o assunto como coisa trivial! As escolhas definem nosso mundo em todos os níveis, seja no âmbito pessoal, seja na esfera da grande coletividade. Neste momento de grande comoção política somos chamados a fazer escolhas. Não apenas isso, somos chamados também a militar por aquilo em que cremos ser a melhor escolha. E assim nasce o embate. Opiniões diferentes se encontram, ânimos se exaltam, amigos se separam…

Forçados a fazer escolhas vez por outra experimentamos esse tipo de desconforto quando escolhas e gostos se conflitam. Não precisaria ser assim se as pessoas fossem maduras e fizessem uma leitura e interpretação “fria” das circunstâncias. Mas, ao contrário, especialmente em se tratando de política, assunto extremamente inflamável, nossas leituras são exageradamente passionais e não raro nos levam à guerra!

Estamos divididos, polarizados, entre esquerda e direita. A princípio a escolha entre uma e outra parece ser simples. Se entrarmos no campo da discussão filosófica e pararmos para dar ouvidos aos intelectuais veremos que o caso é muito complexo. Os argumentos de uma e de outra parte exigem leitura crítica das várias correntes de pensamento político, filosófico, sociológico, e isso pode ser um exercício cansativo e desgastante.

Então, vamos deixar tudo isso pra lá e procurar resumir ao máximo, por meio de uma consideração mais pragmática, mais prática, o que afinal temos diante de nós como escolha: Esquerda e Direita! A maneira mais segura de avaliar essas diferentes propostas é a observação do rastro que as duas ideologias deixaram na história até aqui! Essa é uma consideração empírica que deixa o discurso do lado e verifica os resultados concretos.

Suponhamos que a Esquerda, que no início dos anos 60, inspirada pela revolução cubana, não encontrasse resistência viril para tomar o poder no Brasil… O que seria de nós hoje? Em plena guerra fria a URSS lutava para exportar a ideologia comunista a todos os cantos do mundo e com o êxito conseguido em Cuba visava tomar a América do Sul. O que seria do Brasil? Como estaríamos hoje?

A Esquerda acusa a intervenção militar de tortura e aponta um número de mortos durante aquele período que não chega a 500! Se tivessem tomado o poder quantos teriam matado no processo de implementação dos seus projetos? Cuba, país minúsculo, após a tomada do poder pelo comunistas, com uma população muito menor que a nossa, registra a morte de vários milhares!!!

Ora, verifique-se a história! A Rússia e as repúblicas da união soviética experimentaram o inferno durante os anos da opressão comunista! O que falar da China? O glamour da grande economia emergente está reduzido a 4 ou 5 cidades modernas. O socialismo socializa a pobreza e é isto que os chineses têm experimentado quando derramam produtos baratos no mercado internacional produzidos por mão de obra escrava!

Veja-se o que aconteceu na Coreia do Norte  que abraçou o comunismo e a Coreia do Sul que escolheu a democracia e o mercado aberto? Ora, falar de fatos e números seria desnecessário! O mundo inteiro sabe o que se tornou uma e outra!!!

Vietnam, Camboja, Angola… Faça-se uma análise dos fatos, observe-se os rastros deixados pelo comunismo nesses países! A Hungria, que livrou-se do comunismo após a queda da URSS, traumatizada, chegou ao ponto de criminalizar o
Comunismo! Sim, é proibido por lá, como quaisquer outras drogas!

Por fim, a tragédia dos nossos vizinhos venezuelanos, o abismo em que foram lançados os argentinos, o drama que vive a pobre Nicarágua, dispensam comentários… São os rastros que deixam um e outro que deveriam contar…

Vamos aos fatos:

•Onde há mais educação, mais saúde, mais respeito aos direitos humanos? 

•Onde estão os menores números em termos de violência, homicídios, estupros, tráfico de drogas? 

•Onde existe plena liberdade de expressão, leis duras e justiça que funciona? 

•Onde estão os mais baixos níveis de corrupção, os mais altos, eficientes e transparentes níveis de governança pública e privada? 

•Onde estão as melhores e mais excelentes empresas do mundo, bem como os melhores ambientes de negócios? 

•Onde se encontram os melhores e mais excelentes centros de ensino para onde os filhos da elite são enviados? 

•Para onde levas e levas de imigrantes se dirigem anualmente buscando desesperada e ilegalmente cruzar fronteiras daqueles lugares que, para eles, seria o paraíso?

Certamente não estamos falando de nenhum país onde o Comunismo colocou as mãos!! Então, não seja um idiota romântico guiado por paixões juvenis na hora de fazer sua escolha! Escolha  com base empírica, com base em fatos concretos… Quem tem um currículo melhor? Onde as coisas funcionam? Para onde as pessoas querem ir? Quais países são mencionados com respeito e admiração nas rodas de conversa entre amigos? Você já viu na sua vida um cidadão comum elogiar a vida em Cuba? Não seja idiota como alguns idiotas intelectuais que insistem em flertar essa ideologia desonesta que mentirosamente promete muito e entrega pouco, muito pouco!
Faça sua escolha baseada em fatos e não em panfletos de propaganda ideológica, na mentira daqueles para os quais a mentira é peça imprescindível em seu modus operandi!

O que é Bolsonaro, afinal?

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Por Luiz Leite

Bolsonaro é um fenômeno político. Sim, é assim que os analistas políticos (até mesmo seus críticos) se referem a ele. Era, até há poucos dias, quase que completamente desconhecido da maior parte do eleitorado que pouco ou nada sabe de política… (A ignorância, nesse caso, como na maioria dos outros, não é por falta de inteligência, mas por pura falta de interesse!)

Como cresceu tanto em visibilidade em tão pouco tempo? A resposta está na própria pergunta! Não é exatamente Bolsonaro que cresceu, por força de estratégias espertas, são as circunstâncias que o estão revelando. O mito, como o chamam seus seguidores, é uma construção, uma colagem, a soma de todas as revoltas, de todas as raivas, e também de todos os medos de milhões, muitos milhões de brasileiros que se sentem ultrajados pelo acinte, pela arrogância, pela desonestidade, pela imoralidade da Esquerda.

Ao mesmo tempo que milhões o amam e veem nele a salvação (Ele já disse que tem por segundo nome Messias, mas não é o salvador da pátria), outros milhões celebraram o ato covarde que por pouco não o matou, quando suas vísceras foram rasgadas por um golpe de peixeira. Aquilo sim foi golpe!

Eu não o amo nem o odeio. Não vejo nele a salvação de um país que tem muito ainda a consertar. Não tenho ilusões. Já vi muitos experimentos turbulentos na história das nações e sei que as coisas não se resolvem tão fácil como gostaríamos. Não é preciso amar o Bolsonaro, nem tampouco odiá-lo. Bolsonaro é apenas um cidadão para o qual as atenções se voltam em busca de socorro. Sim, o Brasil está inseguro, angustiado e pede socorro! Nele se encontram depositadas, nesse momento, a esperança de muitos.

Ao declarar sua raiva pelo Bolsonaro você vai, possivelmente, ter que odiar seus pais, seus avós, seus tios, aquela gente simples, da antiga, de caráter sólido e valores inegociáveis, gente honesta, gente de bem… Procure dentre os tais, homens de família, de vida honrada, trabalhadores, empresários corretos, gente que faz esse país andar, e verá uma coisa: Não é Bolsonaro que os representa, são eles que representam Bolsonaro! Entendeu?

Para odiar Bolsonaro, você também, indiretamente, estará odiando seus mentores espirituais, gente que te carregou nos braços e nos joelhos, em oração, nos tempos de sua angústia. Aqueles que estarão à sua disposição com palavras e conselhos que você certamente não encontrará em uma reunião dos LGBT e demais amantes da esquerda!

Enfim, possivelmente, sua vó aquele amorzinho de pessoa também é Bolsonaro! Certamente ela diria: #Ele sim, minha filha! Ele sim, meu filho!

Encruzilhada histórica

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Escrevo como cristão militante, sem coloração partidária mas com claro posicionamento ideológico. Podem me classificar como de direita, conservador, reacionário, não me importo. Meu partido não é de direita, centro ou esquerda. Meu partido é do alto, da ordem, da decência, da autoridade, da família, do direito à propriedade, da liberdade de culto e expressão, da velha e boa escola do mérito…

Enfim, estamos diante de uma guerra cultural sem precedentes e que apresenta sérias ameaças aos valores listados acima, que para nós são tão caros. O Brasil ainda corre o risco de ter a Esquerda de volta ao poder. A Esquerdização do Brasil já avançou muito e atingiu níveis preocupantes como se pode ver… É de se perguntar como parte da população ainda acredita nas propostas de partidos de esquerda e centro esquerda (de PSDB, PDT a PCB)?!

Como assim, até o PSDB? Sim, o PSDB!! Alguns dos seus figurões são comunistas enrustidos desde sempre… Liberais e ateus! FHC já disse publicamente que o  PSDB deve se aliar ao PT para combater a radicalização, referindo-se ao crescimento do candidato da Direita, Bolsonaro. Aliar-se ao PT significa alinhar-se e endossar a agenda que aqui se denuncia. O Alkimim também ataca o Bolsonaro em uma campanha agressiva. O candidato, vulgo Xuxu, sempre em cima do muro, foi contra o impeachment da Dilma até o fim! Enrolou como bom camaleão e nunca explicou claramente sua defesa pela continuidade daquele Governo desastroso!

A agenda da esquerda radical (PT) prevê o desmantelamento das estruturas democráticas (que mentirosamente dizem defender) para implantar seu modelo falido e corrupto, como se vê em todo o mundo comunista. Para eles o bloco capitalista deve ser destruído. Pergunta: Em que países do mundo encontramos mais igualdade social, melhor distribuição de renda, mais segurança, mais dignidade, melhor ambiente de negócios para empreendedores, direitos humanos plenamente assegurados, liberdade de imprensa sem mordaça???

A resposta é óbvia. Certamente não se encontra tais condições nos países vitimados pela Esquerda com suas populações tristemente rendidas aos pés dos tiranetes genocidas. Mesmo com todas as evidências apontando para a falência de sua ideologia anacrônica e insana, querem convencer o mundo de que o capitalismo desses países prósperos é a origem de todos os males.

Para alcançarem seus objetivos e viabilizarem seu projeto de poder eles precisam destruir os valores judaico-cristãos, e assim desconstruir a sociedade em suas bases. Por essa razão intentam contra a fé cristã e seus valores. Acintosamente buscam meios como a monstruosa ideologia de gênero para atacar e desfigurar nossas crianças. Doutrinadas na infância, serão mais facilmente manipuladas depois. São contra Israel que representa a matriz espiritual da sociedade judaico-cristã e apoiam abertamente o Irã e todos os grupos anti-Israel do oriente médio. São anti-semitas e, por consequência, anti-cristãos.

Estamos diante de uma encruzilhada histórica. Quem faz a diferença nesses momentos são os militantes. Quem sempre fez a diferença na história foram os militantes, não importa o campo! A militância se dá em primeiro plano no campo da linguagem, da comunicação… Alguém tem que abrir a boca e falar! Esse artigo serve a esse propósito. Você talvez não tenha tempo para militar escrevendo textos como esse, mas, se reflete sua forma de perceber, pode, pelo menos, passá-los adiante. Pronto, falei!

Brasil acima de tudo! Deus acima de todos!

Ideologia fraudulenta

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Causa espécie ouvir militantes e parlamentares comunistas usando o termo democracia e apelando de modo apaixonado aos ideais democráticos como se fossem eles mesmos os pais da grande idéia. Em seu discurso melodramático fazem-se passar como aqueles que têm a missão sagrada de proteger a democracia contra as ameaças e achaques, pasmem, do capitalismo. Causa espanto ver a defesa enfática que fazem da fraude ideológica, política e econômica que é o comunismo, como se seus marxismos, leninismos, maoismos, fossem o próprio útero onde a democracia foi gestada e em cujos seios foi aleitada.

Como não se enrubecem? Como não se constrangem? Será que não lhes contaram a história por trás da história? Parece que lhes foi vendido um conto de fadas que nada se assemelha à Rússia de Stalin, à China de Mao, ao Vietnam de Ho Chi Min, ao genocídio de Pol Pot no Camboja! Milhões de vidas foram ceifadas pela sanha comunista em sua marcha violenta, maquiavélica, onde os fins sempre justificam os meios. Em se tratando de sua cruzada, graças a Deus, mal sucedida no Brasil, chega a ser risível (com todo respeito à memória dos que morreram) quando denunciam a truculência do período do regime militar. Quando se referirem àqueles anos como anos de chumbo, e ao número daqueles que foram mortos, pergunte-se-lhes quantos tombaram sob a mão de ferro do seu mentor na ilha de Cuba? 

O comunismo é, por natureza, violento e tem suas bases históricas fundadas no sangue de milhões. Stalin perseguiu e matou milhões de seu povo, Mao fez da China o maior campo de extermínio da história… Eliminam seus adversários desde sempre. Historicamente, é a representação mais encarnada e contundente da truculência, da violência contra os direitos humanos –  bandeira que descaradamente vivem arvorando em seus discursos anacrônicos e cheios de dolo. O século que passou tem material abundante para desmascarar a farsa que Vanessas, Lindbergs, Gleises e outros aloprados da família “da Silva” continuam apresentando como a melhor proposta para salvar o Brasil e curar suas mazelas. 

Sua máquina de propaganda enganosa que promete, tira mais do que entrega. Manipulando as emoções das massas, seu discurso soa como música aos ouvidos dos incautos, adolescentes, desinformados, rebeldes e iludidos… A experiência do comunismo no Brasil provou que mentem. Maquiaram a proposta com êxito e conseguiram fazer com que muitos acreditassem em sua nova versão mas, mais uma vez provaram que mentem, o que não se pode negar, pois a ideologia fraudulenta que defendem tem suas bases fundadas na mentira, na desonestidade. Não podemos fugir da da essência. Não se pode abraçar o comunismo e negar ou esquecer suas origens, do mesmo modo como não podemos seguir o Cristianismo sem abraçar o Cristo.

Com a crítica da Esquerda comunista não faço apologia nem defesa da Direita. Não posso, em minhas andanças pelo mundo, negar o que vi. Estive em países de matriz capitalista e comunista e encontrei realidades sociais e econômicas mui distintas. Não é necessário dizer onde se encontra direitos humanos assegurados, bem como melhor distribuição de renda e plena liberdade de expressão e consciência… Até mesmo eles sabem disso mas, desonestos, negarão, demonizando o capitalismo como sempre fazem. Novamente, insisto, não essa não é uma peça apologética da Direita. Estou velho demais para ser enganado pelo discurso desses velhacos, de esquerda, direita ou centro. O homem caído é uma fraude, do começo ao fim. Todos têm um modo peculiar de mentir, e métodos especiais de dissimular e esconder seus mal feitos. Ainda que alguns sejam bem intencionados, a maioria nutre intenções suspeitas. Desse modo, se não há esperança no homem, nem em suas formulações de governo, resta-nos escolher o menos pior!

 

Mea Culpa

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Por Luiz Leite

O país está cansado de ouvir o bordão descarado de dezenas de réus que, mesmo sob o peso de um mundo de evidências de suas delinquências, continuam tentando sustentar o insustentável. Os atores do maior caso de corrupção da história teimam em alegar inocência, e todos, sem exceção, queixam-se de conspirações e perseguição política. A começar pelo protagonista mor da trama nauseabunda, afirmam com serenidade cínica que acreditam na justiça, pois não há qualquer ilícito em suas operações. Sempre se conduziram, insistem, com a lisura se um santo.

Fomos tomados de surpresa há alguns dias, quando um dos atores do primeiro escalão, cansado de sua própria mentira, resolveu abandonar o refrão que já nos matava a todos de asco. Sob o peso de centenas de acusações, réu em mais de 20 processos, percebendo-se sem saída, decidiu fazer um inesperado Mea Culpa. Ouviu-se então uma confissão aparentemente honesta. Confessou seus delitos com o argumento frágil de que não teve forças para resistir à sedução do poder, quando rios de dinheiro fluíam por seu gabinete prometendo-lhe o céu por limite.

No cárcere, atingido pela doce mão da lei, viu o caviar e vinhos caríssimos dos palácios por onde circulava serem subitamente reduzidos ao pasto rústico de Bangu. O diabo lhe pregara uma peça. Do céu prometido ao inferno de Dante, a queda foi ruidosa cumprindo o jargão: quanto mais alto o posto maior o tombo! Do topo que se galga por meio da rapinagem caem sempre todos os homens seduzidos por ascensão sem honra ou mérito.

Na admissão da culpa faltou apenas dizer que roubou. Não se pode negar, todavia, que deu com isso passos rumo à sua redenção. O Brasil, eu, tu, ele, de alma malandra, continua ainda leniente com o crime de corrupção e outros pecadilhos. Ainda buscamos eufemismos para definir aquilo que é, por definição, roubo e desvios de outras naturezas. Apropriar-se de algo que não nos pertence, não importando meio ou método, faz de nós tão ladrões quanto quaisquer outros que tem o roubo por ofício.

A confissão, que pode ter efeito atenuante no juízo, de certo modo, traz  alívio à consciência coletiva da nação. A prática consciente e deliberada do erro é uma triste nódoa em nossa humanidade. Escamotear essa prática por meio da negação mentirosa torna-nos ainda piores. A integridade é o caminho da salvação (Não no sentido escatológico) do indivíduo e da nação inteira. Não temos salvação, como indivíduos ou nação se não formos íntegros. Se outros seguirem o mesmo caminho e rasgarem o coração em confissão sincera, talvez haja jeito para o Brasil, a começar por cada um de nós. Mea culpa, mea maxima culpa!

 

 

Heróis sem caráter

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Por Luiz Leite

Fui apaixonado pela Esquerda, entre outras drogas lícitas e ilícitas, em minha adolescência  e primeiros anos de idade adulta. Os jovens são, por natureza, idealistas, e por falta de exame profundo das ideologias que abraçam, iludidos. Por ter sido um dos tais, tenho paciência para com os comunistas dentro desta faixa etária. Minha paciência, entretanto, que não é de Jó, despenca vertiginosamente quando no trato com comunistas e delinquentes velhos. Neste ponto desconsidero o princípio de respeito e honra devido aos mais velhos e acato o conselho lúcido de Rui Barbosa que disse: “não se deixe enganar pelos cabelos brancos. Os canalhas também envelhecem.”

Uma das marcas da canalhice é a desonestidade. Seu modus operandi institucionaliza o desvio. Falta aos canalhas o pilar central do caráter. Parece que isto é bastante frequente entre os comunistas. Por pautarem sua agenda entre meias  verdades e mentiras, acabam se tornando uma usina de produção de heróis sem caráter. A biografia de quase todos os seus ícones sagrados, venerados como deuses (caídos), é manchada pela corrupção e pelo sangue de milhões de assassinatos chancelados por regimes dirigidos por facínoras (☆) como Stalin, Mao Tsé Tung, Pol Pot, Fidel, entre outras divindades menores. (☆) Se o termo “facínoras” incomoda, pergunte-se aos milhares de milhares de órfãos e viúvas desses regimes por um adjetivo mais apropriado.

No projeto de poder da Esquerda os fins são o que importa. Que se danem os princípios! Às favas com os valores cristãos! Para a esquerda o homem é centro e a própria “raison  d´être” (razão de ser). E Deus? Ora, apenas um instrumento para ludibriar e arrancar o voto e apoio dos pobres, geralmente crédulos. Vimos dia desses um arremedo de missa promovida pela Esquerda que deixou envergonhados e enfurecidos cristãos sinceros de todas as matizes. Eles rezam e fazem o sinal da cruz, mas desonram, pisam e repisam tudo aquilo que a cruz representa. Usam de tudo, até de setores da igreja que se rendem a volúpia pelo poder.

Sua maior arma, a propaganda ideológica, tem por munição a mentira, bem elaborada ou descarada. Gostam de se apresentar como paladinos da esperança, prometendo defender os direitos do indivíduo mas a primeira coisa de que lhe privam é o direito de pensar diferente. O que menos se pode verificar em sua cruzada libertária em favor dos oprimidos, é a  defesa dos humanos direitos. Capitalizam sobre a pobreza e, como ninguém, sabem manipular essas massas carentes de pão, inclusão e justiça. Operam como os barões do tráfico que compram o apoio  dos bolsões de pobreza das periferias carentes, oferecendo-lhes alguns poucos  benefícios enquanto desviam bilhões. Seu discurso paternalista  convincente que promete preencher tais lacunas, arrebata, fideliza e rende popularidade.

Em todos os cantos do mundo onde o engodo da Esquerda se instalou no governo,   aparelhou o Estado e fez calar, por todos os meios, as vozes dos seus contrários, suprimindo toda e qualquer forma de expressão democrática. Causa náusea ouvi-los usar  o termo democracia em seus discursos. São truculentos, mal intencionados e  intolerantes. E isto não sou eu, anti – comunista, que afirmo. É a história! A Esquerda é desonesta moral e intelectualmente. Esta desonestidade passa despercebida aos olhos dos simples pois vem sempre bem embalada, travestida de virtude. Ao afirmar a desonestidade da Esquerda, não estou com isso querendo dizer que a Direita seja o último bastião da verdade. A Direita também corrompe e é corrompida. A Esquerda, entretanto, aperfeiçoou o crime e o levou ao status de “estado da arte” em termos de corrupção. É voraz, violenta, subterrânea, dissimulada, e todo o rosário imenso de adjetivos irmanados a esses.

No Brasil vimos nesses dias ser levado para a prisão o demiurgo de Garanhuns, “a alma mais honesta que esse país jamais viu.”  Julgado e derrotado nas quatros instâncias, continua arrotando insultos à justiça e à polícia federal,  enquanto sua militância insiste em repetir o mantra de “presunção de inocência” como argumento irrebatível contra a suposta injustiça cometida contra o semideus de Pernambuco. Os 16 juízes que julgaram sua causa deveriam ser exonerados por incapacidade! Todos os outros atores do maior caso de corrupção da história (que até hoje veio à tona) admitiram seus crimes e fizeram “mea culpa” público. Os dirigentes da Esquerda que (des)governaram a nação por mais de uma década e protagonizaram a sangria bilionária de recursos públicos negam, desavergonhadamente, qualquer ilícito. Sem o menor pudor culpam a justiça por descobrir suas vergonhas. É mesmo difícil acreditar que alguém possa sustentar inocência por tanto tempo e sob uma tal avalanche de provas. Pois ele diz que vai faze-lo. Seus correligionários acreditam. Como historicamente os comunistas não creem em Deus, resta-lhes crer nesses simulacros mulambentos de deuses (Chaves, Maduro, Kim Jong-un…) que eles mesmos fazem! 
Espero, milhões comigo, que o semideus tupiniquim permaneça o resto dos seus dias em um presídio federal cumprindo a pena que lhe cabe. Espero também que o playboy de Minas Gerais, o velho dono do Maranhão, o camaleão coronel das Alagoas, bem como os demais sangue sugas da nação, sejam em breve alcançados pelo doce mão da justiça e terminem seus dias longe dos palácios de Brasília!

Epístola Geral aos Cristãos da Era Digital

1Por Luiz Leite

Aos irmãos e irmãs internautas espalhados por todos os cantos do mundo, conectados na grande rede internacional de compartilhamento de dados, a Wide World Web, graça e paz da parte do Senhor Jesus Cristo.

O Deus revelado nas Escrituras Sagradas ama a comunicação, é extremamente comunicativo, e melhor, interativo também. O Eterno leva a comunicação a sério. Por toda a história faz uso de todas as mídias disponíveis. Comunica-se através de mensageiros, anjos ou homens, através de sonhos e sinais, através de livros, muitos livros… Falando em livros, no Livro Dele se nos comunica muitos segredos. É lá que se revela um dos maiores mistérios acerca da nossa origem. Podemos nos sentir lisonjeados com o que ali se revela acerca de nós! Pode até parecer pretensioso da parte do homo sapiens mas, segundo as Escrituras Sagradas, fomos criados conforme a própria imagem e semelhança deste Deus! Sendo o Criador um Deus comunicativo e que confere à comunicação tão grande importância, não poderíamos ser diferentes. Fomos formados, segundo o salmista (Sl 139), de modo “assombrosamente maravilhoso”, e uma das maravilhas da nossa criação é a linguagem. Somos seres de linguagem.

Fomos estruturados linguisticamente, por essa razão a comunicação está na própria base do exercício da nossa humanidade. Somos profundamente influenciados por mensagens, e, através delas esculpimos nosso mundo e damos forma à nossa realidade. Jesus afirma que nem só de pão vive o homem. O pão sustenta o edifício físico mas o homem não é meramente uma cadeia de carbono ambulante. O homem precisa de palavras, de mensagem para viver. De toda palavra que procede da boca de Deus, disto viverá o homem, arrematou o Mestre. E se tal mensagem não proceder da boca de Deus, segundo Jesus, tal mensagem contaminará o homem e eventualmente poderá vir a matá-lo! Ainda, segundo Jesus o que contamina o homem, não é o que entra pela boca, mas o sai dela.   

Mensagem é coisa séria. O livro que você lê, a música que ouve, os filmes a que assiste, os sites por onde navega, tudo pode afetar… Somos o que somos, com qualidades e defeitos, forças e fraquezas, por causa das mensagens recebidas e assimiladas ao longo de nossa história. Somos seres altamente sugestionáveis. Mensagens nos programam, nos impulsionam, nos dirigem, nos inspiram, nos alegram, nos libertam… O oposto também sempre é verdadeiro.

Vivemos hoje um tempo de grande revolução em termos de linguagem e comunicação. Os meios através dos quais a linguagem trafega em nossos dias são muito rápidos, instantâneos. A Internet é a grande responsável por esta revolução, a maior revolução no universo das comunicações desde a invenção da imprensa de tipos móveis. Mensagens são o material que movem e preenchem o universo da internet; São a verdadeira substância da qual se forma a realidade virtual na qual estamos cada dia mais imersos. Os encantos, acenos, engôdos e perigos desse novo mundo já tem causado muito prejuízo à muitos. O novo sempre choca, escandaliza, mas é inevitável. Como diz o poeta popular, “o novo sempre vem”. A Internet chegou nos anos 90, o que para minha geração é fenômeno recente. Veio como uma ferramenta poderosa e de múltiplas aplicações. Pode tanto informar como desinformar. Pode edificar como destruir. Pode, tanto iluminar como escurecer, esclarecer como confundir. Enfim, pode ser uma benção, mas também pode ser motivo de tropeço.

Espaço livre onde todos publicam o que querem, cumpre a quem faz uso dela filtrar seus conteúdos. Desse modo, não dê crédito a tudo que se encontra por lá. Há mais lixo e desinformação do que se possa imaginar. Se você se deixar levar por teorias conspiratórias, ataques constantes à fé cristã, questionamentos acerca da Bíblia e seus ensinos, contestação dos valores de família, sexualidade, entre outros, logo, logo, você poderá se encontrar intelectualmente confuso, psicologicamente instável, socialmente deslocado e espiritualmente doente, senão morto! 

O apóstolo João em sua primeira Epístola alerta os cristãos de ontem e de hoje dizendo: “amados não creiam em qualquer espírito, mas examinem os espíritos para ver se eles procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo.” (1 Jo 4.1) Em nosso contexto os falsos profetas não são apenas aqueles que, dentro do universo da religião, distorcem a ortodoxia e forjam heresias. A expressão aplica-se de modo geral à todos aqueles que distorcem os valores e difundem mentiras como se fossem verdade para que tenham justificados seus caminhos e práticas.

Por trás de cada mensagem há um espírito, seguindo uma ideologia qualquer, com uma intenção específica. Não devemos tomar por verdade artigos, fotos, vídeos, documentários que circulam pela Internet pedindo nossa atenção e reivindicando defender a verdade acerca disso ou daquilo. A verdade está em Jesus e sua doutrina. A última palavra sobre o homem e seu destino temporal ou eterno encontra-se em Jesus, o resto é especulação! Não se deixe desvirtuar em seu caminho, não se deixe levar por qualquer “vento de doutrina”, especulações fantasiosas e ideologias que surgem no universo da realidade virtual. Fazendo lembradas as palavras do apóstolo Paulo, “tudo nos é lícito mas nem tudo nos convém”.

A Internet oferece todo tipo de conteúdo. Cumpre a cada um entreter-se com aquilo que é bom e lançar na lixeira aquilo que não presta! 

Que a graça do Senhor Jesus Cristo, o amor de Deus, o Pai, e a comunhão do Espírito Santo seja com todos nós!

Para ler, refletir, ser edificado espiritualmente e intelectualmente visite:

Site da igreja:

http://www.igrejavidacomcristo.com

Blog do Luiz leite:

http://www.luizvcc.wordpress.com

Coluna de luiz leite no portal guiame:

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País sem vergonha! 2

vergonha do senado

Por Luiz Leite

Às vezes penso que somos um povo dissimulado e covarde. Às vezes tenho certeza! O brasileiro foge do confronto. Está na cara que o brasileiro é um molóide! Nos idos dos anos oitenta, em uma viagem a trabalho do Rio a Salvador ouvi de um alemão, diretor da multinacional em que eu trabalhava, que o Brasil, apesar da riqueza disponível, jamais seria uma super potência. Ofendido, quis logo saber porque desconsiderava daquele modo um país continental. Ele, com a fria objetividade alemã respondeu: Porque vocês não são de briga! São muito mansos! Eu que já lia nas entrelinhas fiquei indignado. O que ele estava dizendo na verdade, de modo semi-cifrado, é que éramos um bando de borrabotas! Fiquei, por muito tempo, brigado com o alemão. Levaria muitos anos para compreender e aceitar aquela verdade amarga.

Os fatos que se desenrolaram diante dos meus olhos atônitos nos 30 anos que se seguiram provaram que a tese do alemão estava embaraçosamente correta. Nós somos mesmo um povo sem disposição para o combate, por mais que a letra do hino nacional  diga que um filho do Brasil não foge à luta. Foge, e foge mesmo! Estamos em guerra. Nossa guerra é diferente. Dá-se de um modo manhoso, preguiçoso, medroso… não temos disposição suficiente para irmos até às últimas consequências… na verdade temos medo das últimas consequências, por essa razão um punhado de homens maus exerce o domínio sobre outros tantos milhões de homens que seriam até bons se não fossem tão medrosos e omissos! Veja-se, por exemplo, o caso do tráfico no Rio de Janeiro. O Estado se comporta de modo covarde no confronto com o crime ao permitir que grandes setores da cidade maravilhosa sejam governados pela bandidagem. Os meliantes estabelecem um estado dentro do Estado, legislam e controlam a vida de milhões, e mesmo quando presos, continuam coordenando operações milionárias de dentro dos presídios federais. Que droga de país é este?

É um país de homens pacíficos ou um país de homens patetas? Lutamos por um dia, dois, mas logo queremos pausa para o futebol, o churrasco… saímos às ruas de vez em quando declarando-nos enfurecidos, mas ninguém quer sujar as roupinhas no protesto! As hienas no poder, que compreendem bem a psicologia das massas e o comportamento do gado, fazem pequenos recuos e pequenas concessões e logo a brasileirada frouxa se aquieta novamente. Enquanto isso os barões do tráfico das drogas nos morros do Rio e os barões do tráfico de influência, entre outras coisas, nos palácios de Brasília, seguem engendrando seus esquemas. Business as usual.

Como toleramos tanto desmando? Não bastasse a crise política e a corrupção endêmica que já se desenrolam há anos minando as forças da nação, não bastasse o desmanche da economia e o subsequente empobrecimento da população, não bastasse a violência urbana que revela a ineficiência do Estado em proporcionar segurança aos seus cidadãos, não bastasse o sistema de ensino, um dos piores do mundo, não bastasse a saúde precária… Não bastasse as falanges da esquerda, da direita, do centro, das empreiteiras, do Supremo, do Congresso, dos doleiros, dos marqueteiros, agora temos mais uma falange querendo se impor sobre essa terra que parece de ninguém!

Quando se pensava que não havia mais o que piorar, uma investida nada sutil, pelo contrário, ruidosa e ostensiva, vem forçando a barra tentando marcar posição e ganhar espaço, aproveitando-se do caos em que o país se encontra. Agora a comunidade LGBT também reivindica um naco do Brasil, afinal isto aqui está uma verdadeira casa da mãe joana! O deputado federal Jean Wyllys e a deputada federal Erika Kokay, maiores representantes da liga gay, resolveram começar pelas crianças. Querem desconstruir a família como a conhecemos, desautorizar a autoridade dos país sobre a educação de seus filhos e legislar acerca de como as crianças devem ser orientadas em sua sexualidade… É difícil acreditar na ousadia dessa gente, tamanho o acinte! Investindo contra tudo e contra todos, erguem o punho e a voz e exigem que as leis sejam mudadas para acolher a nojenta noção que nutrem de mundo moderno. Desnecessário dizer, uma agressão contra a família, um atentado contra infância. A agenda LGBT intenta corromper a sociedade em suas bases para assim molda-la segundo o padrão da anomalia, da aberração aventada como ideologia de gênero.

Tentaram sorrateiramente implantar nas escolas o famigerado kit gay, estratégia dos infernos, que graças a Deus foi combatida e não vingou. Voltaram a atacar, visando novamente as crianças, afinal é na primeira infância que tudo se define. Quem apoderar-se das crianças governa a nação. Como diz o ditado certeiro: A mão que balança o berço governa o mundo! Aproveitando-se da liberdade de expressão garantida pela constituição, recorreram às vias da arte e através da arte, buscam agora propalar sua ideologia doente. A ideologia doente, entretanto, tem costas quentes e suporte poderoso de grandes corporações. É sabido de todos que a Rede Globo com suas novelas promove o homossexualismo. Entra na casa da família brasileira e faz apologia aberta da agenda LGBT. A Disney, através do Disney Channel, ataca pesado ao apresentar o primeiro romance gay em série infanto juvenil!

Surpreendeu a todos como fato novo, o sabão em pó mais vendido do Brasil, da marca Unilever, fazendo campanha comercial em defesa da odiosa ideologia! Comunicado urgente para pais e mães… assim começa o comercial conclamando os pais a aderirem ao projeto proposto pelos ideólogos desta aberração. Não é necessário dizer que este sabão ou qualquer dos outros produtos da marca Unilever a partir desta data não entram mais nada lá em casa! A Avon incita os pais a deixarem os meninos brincarem com boneca e se vestirem de princesa… Junta-se à Globo, Disney, Unilever, a Avon, também o Boticário, revista Veja e outros. Pois bem, não podemos em uma democracia impedir a expressão de opinião de indivíduos e empresas. O que podemos e devemos fazer, no caso das grandes corporações e, simplesmente deixar de consumir seus serviços e produtos. É o mínimo que se espera! Se não conseguirmos fazer pelo menos isto, então somos mesmo um bando de palermas!

Um país sem vergonha!

vergonha do senado

Por Luiz Leite

Quando Charles De Gaulle, presidente da França, disse, em meados dos anos 60, que o Brasil não era um país sério, notas de protesto ressentido se fizeram ouvir por todos os cantos da nação. Enraivecidos, milhões reagiram à observação do francês como se este tivesse chamado sua mãe de mulher de vida fácil. Décadas depois outro francês, Gerome Valcke, secretário geral da FIFA, acirraria os ânimos dos fervorosos patriotas ao dizer, com as obras atrasadas no meio dos preparos para o grande fiasco da copa de 2014 (naturalmente para dar tempo de superfaturá-las ainda mais), que precisávamos de um belo“chute na bunda” para as coisas saírem no tempo apontado.

Se fôssemos mais honestos receberíamos críticas com mais humildade e reflexão mas, como é comum à natureza humana, preferimos naufragar com a bajulação a ser salvos pela crítica. Com todo o respeito aos cidadãos de bem, aqueles que compõem a verdadeira reserva moral da nação, o Brasil talvez não seja uma República das Bananas, considerando o tamanho respeitável de sua economia, mas sem dúvida é um país de bananas! Temos sido roubados descaradamente por um bando de quadrilheiros que se instalaram no poder e toleramos passivamente que esses mequetrefes descarados ainda nos governem!

Estamos em maus lençóis! Não podemos confiar em uma palavra que dizem esses bilontras com seu discurso pronto sobre ética e transparência na gestão da coisa pública. É de causar náusea ouvi-los! Ninguém assume nada. Todos são vítimas de uma conspiração para derrubá-los… Posam de santos, mártires, imaculados como a virgem! Vimos o presidente da república, Michel Temer, pela segunda vez, comprar sua sentença, coisa comum neste país, através de manobra política que envolveu distribuição de dezenas de cargos de confiança. Na mesma semana vimos o Senado Federal, passar a mão na cabeça do senador Aécio Neves, que só não foi preso ainda por causa da imunidade parlamentar. Confirma-se, mais uma vez, ser o senado, com parcas exceções, um covil de ladrões advogando em causa própria. Dos 44 parlamentares que votaram a favor de Aécio, 28 respondem a ações penais ou inquéritos, segundo o jornal O Globo.

Manobras descaradas realizadas por partidos qualificados pelo ministério público federal como organizações criminosas seguem acontecendo no congresso nacional. Quase nada ali reflete os anseios da nação que, a cada dia vê aumentar a agonia… Uma pergunta é comum a todos: Até quando? Vê-se avolumar o coro pelo inconcebível: intervenção militar. Ninguém dentro do Estado democrático de Direito desejaria tal coisa! Mas o clamor que aumenta revela os níveis do desespero de um povo que está cansado de ser achincalhado. Em palestra recente, para aumentar a indignação, o procurador da República Deltan Dallagnol disse que as malas de dinheiro continuam correndo por aí, à despeito da operação lava-jato. O Brasil mata os seus filhos de constrangimento, vergonha e raiva… O recurso dos desesperados nunca é a melhor opção, mas, às vezes, costuma ser a única! Que país é esse? Este é o país que construímos, eu, tu, ele, nós, vós, eles…

Homossexualismo, Pedofilia e Batina

Casos de abuso de criança por parte de sacerdotes católicos mais uma vez estampam (ou sujam) as páginas dos jornais. Em julho registros de pedofilia arrastaram para o centro da cena, desde padres no interior de Minas Gerais a cardeais no Vaticano. Impressiona a regularidade com que os jornais noticiam casos desta natureza. A explosão de denúncias que têm surgido e constrangido o mundo nos últimos tempos revelam os segredos da sexualidade e da moralidade do clero. As práticas, criminosas, diga-se, são antigas, e parecem ter, por séculos, contado com a leniência da cúpula da Igreja. O silêncio e a impunidade dos infratores dão margens para se suspeitar de uma espécie sombria de conivência entre os infratores e seus superiores afinal, nunca houve por parte da Igreja qualquer medida que revelasse de modo contundente sua abjeção acerca desses desvios. 

Como não se trata de um ou outro caso isolado, mas de um fenômeno de proporções que assustam – as estatísticas comprovam – a igreja de Roma tem diante de si um problema seríssimo que vai aos poucos comprometendo sua credibilidade. Escândalos nos EUA, Brasil, Austrália, Irlanda, entre outros países, marcam com nódoas de constrangimento e vergonha a história da velha igreja. Não fossem as frequentes denúncias, que dia após dia surgem, é certo que tais práticas prosseguiriam sendo toleradas nos bastidores das capelas e catedrais. Segundo o Pe. Gino Nasini, um dos poucos estudiosos do problema no Brasil, o assunto trata-se de um “latão de lixo”. Revela que 65% das dioceses “resolviam” o problema simplesmente transferindo o sacerdote acusado para outra diocese. (fonte: IstoÉ). Assim, com a omissão do Vaticano e sob o manto do sigilo as coisas ficavam por isso mesmo! 

O manto deste sigilo, entretanto, tem sido removido nos últimos tempos revelando a intimidade dos não poucos pedófilos e homossexuais em batinas. Eles estão por aí não é de hoje, e são muitos. Farto material em fotos e filmes expõe o que por muitos anos escondeu-se sob os panos quentes de uma espécie de pacto de silêncio (Sim, eles se acobertam!). Por que a igreja se calou por tanto tempo tolerando os padres praticantes de tais desvios? Porque não poderiam condenar aquilo que aprovam. É óbvio que há muitos padres que não são homossexuais ou pedófilos, nem aprovam a conduta, mas temos de convir que não é comum nos púlpitos católicos a reprovação veemente de tais práticas.

Um bispo católico, Dom Antônio Carlos Cruz, no estado do Rio Grande do Norte resolveu no último dia 30/07, tratar do assunto, não para condenar mas para aprovar o desvio, conferindo à homossexualidade status de normalidade! Sua Excelência Reverendíssima choca e agride a boa teologia quando, fazendo uso de uma exegese humanista e questionável, chega ao extremo absurdo de afirmar que a homossexualidade é um dom, isto mesmo, segundo o sacerdote, o homossexualismo é um dom de deus! Sua fala revela uma argumentação sutil e cheia de sofismas que torce o Evangelho para fundamentar a apologia da prática que o próprio Evangelho condena. Certamente a comunidade gay está comemorando (dentro e fora da igreja). Não tarda surgirá outro (senão o próprio), seguindo a mesma lógica torta (distorcendo a verdade para justificar o desvio), afirmando que a pedofilia também é divina. 

Obs. Não errei ao escrever deus com letra minúscula no parágrafo acima. Se o homossexualismo é um dom, sem dúvida vem de qualquer outro menos do Pai das luzes, de quem procede todo dom perfeito. 

Este mundo está mesmo transviado! Assista ao vídeo e confira

 

 

 

 

 

Pobreza, Messianismo Político e Caos

Qualquer pessoa poderia, a julgar por alguns dos meus artigos, chegar à conclusão rápida, de que sou um homem de Direita. Não me sinto confortável com o estereótipo. Mas, se “de Direita” significa a favor da família em seu modelo tradicional e contra o “casamento homossexual”, a favor da orientação pedagógica heterossexual e contra a ideologia de gênero, a favor de um Estado leve e contra o gigantismo estatal, a favor do mérito e contra o paternalismo (ou fisiologismo), a favor da educação e contra a truculência, a favor da liberdade de expressão e contra o amordaçamento dos contrários, a favor da liberdade de credo e contra o cerceamento desta mesma liberdade, a favor do Estado de direito e contra o aparelhamento do Estado por parte de tirenetes oportunistas, então não me incomodaria tanto com o rótulo.

Fato é que sou um homem que já não se acende nem se acirra com as cores e paixões ideológicas. Polarizei política e ideologicamente nos anos verdes da primeira juventude. Quem não o fez? Se você foi um jovem nos anos 80 e usou uma camiseta com a cara do “Che”, saberá do que estou falando. Não diria que os jovens, que à época diziam-se politizados, eram ignorantes. Eram simplesmente ingênuos. Pois hoje não tenho agremiação política. Todas faliram. O esvaziamento ideológico é uma característica marcante do homem pós-moderno mas esse estereótipo tampouco me definiria. O meu caso não se trata de efeito da pós modernidade, ou da modernidade líquida de Zigmunt Bauman. Foi Ortega y Gasset que chamou minha atenção para o desencanto com as paixões ideológicas. Meu encontro com Ortega y Gasset deu-se quando perambulava pelas ruas de Roma em 1993. Em uma frase grafitada em um velho muro da velha cidade o pensador dizia: “Defirnirse di destra, de sinistra, de centro, equivale a autodefinirse imbecille.”

Não faço, com isso, qualquer esforço para defender-me de um enquadramento ideológico. Quem já discutiu política comigo certamente me ouviu atacar a direita com pesadas críticas. Repito, como um mantra, que a elite (política e econômica) brasileira é burra! “Peraí – diria o leitor mais atento -, você estava falando da Direita política e agora está falando da elite… Intercambiando assim os termos você está dizendo que uma e outra coisa são a mesma coisa?” Sim, isto mesmo. A Direta sempre cuidou dos interesses da elite e a elite sempre cuidou dos interesses da Direita. Até aí não há nada de errado. O problema é que a Direita, cuidando dos interesses do capital, nunca lançou um olhar mais cuidadoso sobre o imenso contingente de pobres deste país, nunca teve uma agenda social que atingisse com contundência a perversidade da distribuição de renda no Brasil. E o pobre, mesmo analfabeto, se ressentia.

O ressentimento não era infundado. A casa grande sempre tratou com descaso a senzala. Todos os nossos governantes antes do desastre do lulopetismo, eram egressos da casa grande, das famílias mais abastadas ou das oligarquias políticas dos coronéis da velha escola. Falando em escola, os pobres, sempre escolados na escola da fome, da privação, aguardavam avidamente por alguém que lhes transmitisse o mínimo de consideração, que prometesse e cumprisse as promessas mais singelas e básicas, que lhes ajudasse, mesmo que minimamente, a romperem com a barreira da pobreza na qual se achavam encerrados por gerações, e desse aos seus filhos condições para que não viessem a perpetuar a história de humilhação a que se viram submetidos seus antepassados…

Pois o dia chegou em que um personagem, preenchendo todos os requisitos do messias das classes oprimidas surgiu no cenário e no horizonte da esperança das massas menos favorecidas. Este pequeno roteiro é como uma receita de bolo. É neste mesmo contexto sócio-econômico que se deu a guinada e ascensão de todos os líderes populistas, desde Antonio Conselheiro a Villa, de Lenin a Pol Pot, de Franco a Mussolini, de Castro a Chaves… A lista é grande. O Petismo simplesmente seguiu a receita. Nos dias de seu surgimento, Capitalismo e Comunismo ainda digladiavam-se numa luta encarniçada que havia resultado em revoluções e mortes em por todo o mundo. O Comunismo, que como vimos nos últimos anos, dividiu a sociedade brasileira em vários aspectos, naqueles dias pregava com muito mais vigor a luta de classes, conceito marxista que aponta a tensão e o conflito entre as classes como inevitável e necessário. Em seu delírio, o conflito de classes só termina quando houver uma só classe. Desse modo, nivelam a todos por baixo, reduzindo todos à pobreza. Só assim o Estado pode se apoderar de todos os meios de produção. Na mente comunista, em sua pretensão mirabolante, deve prevalecer apenas uma orientação para conduzir o Estado, que é aquela que procede da cartilha de Marx. Todas as demais devem ser banidas. A ilusão da ditadura do proletariado estava para concretizar-se e o Petismo encontrava-se muito bem posicionado para fazer o melhor uso da oportunidade. Trazia no discurso o vocabulário democrático, mas seus ideais eram outros.

É curioso (e também vergonhoso) ouvir parlamentares comunistas se utilizarem do conceito Democracia e Estado de Direito em sua melopéia no Congresso Nacional (Câmara e Senado). Vimos no último congresso do Foro de São Paulo, em Manágua, na Nicarágua, para nossa vergonha e constrangimento a Senadora Gleisi Hoffmann, que frequentemente recorre aos termos Democracia e Estado de Direito em seus sofríveis pronunciamentos na tribuna do Senado, louvar a ditadura Castrista, e comunicar total apoio do PT ao governo truculento e anti-democrático de Maduro, na Venezuela. Diz a presidente do Partido: “O PT manifesta seu apoio e solidariedade ao governo do PSUV, seus aliados e ao presidente Nicolás Maduro frente à violenta ofensiva da direita contra o governo da Venezuela e condenamos o recente ataque terrorista contra a Corte Suprema. Temos a expectativa que a Assembleia Constituinte possa contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”. Como tal pessoa e tal partido podem falar de Democracia? Em seu ideal comunista não há lugar para opiniões diferentes e divergentes. Como ousam falar em Estado de Direito? Sabemos bem o que aconteceu com a oposição em todos os regimes onde o Comunismo se instaurou!

O discurso esquerdopata que, seguindo o Manifesto Comunista promete a extinção da desigualdade, soa como música aos ouvidos dos pobres. O PT soube, como ninguém, vender sua utopia e explorar o poder de voto deste batalhão de desfavorecidos ávidos por inclusão. Conquistaram milhões dando-lhes aquilo que mais ansiavam. E o que pediam? Ora, não muito. Tanto que, com tão pouco, estavam contentes. Queriam comer frango, tomar refrigerante, comprar um carro, mesmo usado e, em adição, se possível, ver os filhos cursando o ensino superior… Ora, ninguém pode negar que o PT fez isso! por outro lado, ninguém pode afirmar que a Direita jamais fez isso! Neste ponto tenho que repetir que a Direita é burra! Não só isto! Insensível até! Poderia ter feito muito e mais… Alguém poderia dizer: Mas a ideia do Bolsa Família, entre outros programas sociais já existia… Sim, mas era apenas migalha e nunca impressionou ninguém! Se a Elite burra (política e econômica) não mudar seus programas e não voltar os olhos para essa gente, o lulopetismo ainda pode causar muito transtorno. 

Em política, pobre significa arma, oportunidade, poder, capital político. Com um líder que fala a língua da pobreza e conhece a realidade de outros Brasis que não aquele da avenida Paulista, o PT, adotou os pobres com seu discurso paternalista de todos os populismos que viscejam em meio à miséria. Pobreza e Messianismo político sempre resulta em caos, e sempre surge onde há miséria e desinformação. Desse modo, eletrizaram os milhões que os levaria e os manteria no poder por longos e catastróficos 13 anos. Poderiam se perpetuar no poder por décadas se não fossem tão corruptos. A Direita é burra, mas para nossa sorte, a Esquerda também o é! Menos trágico se fossem apenas burros, mas para nosso desespero são burros e desesperadamente corruptos. Aparelharam o Estado e acharam que poderiam fazer o que quisessem sem prestar contas a ninguém, deslumbrados que estavam. Assaltaram os cofres do tesouro, e destruíram com a voracidade de um cardume de piranhas, em pouco tempo, aquilo que, pela herança do governo anterior e pela convergência de fatores positivos dos mercado internacional, haviam colhido. Levaram o país ao caos político e econômico, expuseram a nação ao ridículo e protagonizaram o maior caso de corrupção da história.

Enfim, Coxinhas e Mortadelas, lideranças e militância, são apenas dois flagrantes constrangedores de uma mesma classe política (não necessariamente o povo, mas os Renans, Jucás, Gleisis e Dilmas…) que causa entojo, ascídio, asco, repulsa, fastio, estuação, talassia, aversão, náusea, desgosto, enjôo, e todos os demais adjetivos que o dicionário apresentar como sinônimo. Ou nos esclarecemos politicamente ou continuaremos a passar muita raiva nas mãos de governos sempre perdulários e irresponsáveis, conduzidos por políticos de baixíssimo nível, em quase todos os aspectos. Acredito que já temos sido demasiadamente abusados por essas raposas. É tempo de dar-lhes o troco, sejam as raposas de Esquerda, Direita ou Centro! Sem paixões. Sem estima por agentes da corrupção. Sem imbecilidade política, afinal como disse Ortega y Gasset: “Defirnirse di destra, de sinistra, de centro, equivale a autodefinirse imbecille.”

 

 

 

 

 

 

 

 

O Destino em Palavras


O Destino em Palavras

Por Luiz Leite

“Estás enredado pelos teus lábios, estás preso pelas palavras da tua boca.” As palavras do sábio Salomão, registradas no livro bíblico de provérbios, apesar de terem sido escritas há mais de 1000 anos, resumem uma verdade que os milênios não podem modificar. Uma pessoa pode se complicar, e muito, de acordo com aquilo que fala. Temos visto no Brasil dos últimos dias pessoas importantes sendo julgadas e sentenciadas à prisão por seus ilícitos. O método infalível e mais ostensivamente utilizado pela polícia federal tem sido o famoso “grampo”, ou escuta telefônica. Os réus têm tido suas vidas complicadas, deixando os esforços da defesa praticamente insustentáveis. Estão enredados pelos seus lábios, presos pelas palavras de suas bocas.

A verdade referida é uma régua que mede a todos de modo equânime. Ninguém pode escapar ao seu rigor. Pode-se tentar escamotear, como fazem nossos agentes públicos que, ad nauseam, a cada oportunidade, desavergonhadamente, negam ciência dos crimes à eles atribuídos. Podem se vitimizar, alegar lisura, invocar os acertos para acobertar os erros, só não podem escapar daquilo que suas próprias boca falaram. As palavras prendem. A justiça talvez fosse mais branda se houvesse da parte de certos réus a honestidade e a coragem de um mea culpa. Esta confissão franca, entretanto, demanda um exame de consciência que nem todos estão dispostos a enfrentar pois sabem que no tribunal de suas próprias consciências seriam condenados.

As vidas de centenas de políticos estão muito complicadas porque tiveram suas falas gravadas e sem saber produziram provas robustas contra eles mesmos. Estão enredados pelos lábios, presos pelas palavras de suas próprias bocas. O caso dos grampos telefônicos é um alerta para todos nós. Sempre há alguém nos observando, ou até mesmo nos bisbilhotando, buscando em nós um deslize para nos enviar para o limbo. Quando mais tarde estivermos no terreno do conflito podem recorrer ao que falamos e usar nossas próprias palavras como munição. Guardar nossa boca diante dos outros revela estratégia, mas não necessariamente virtude ou sabedoria. Mesmo que não haja alguém nos observando, gravando nossa fala, ainda assim precisamos nos guardar e entender que nossas palavras produzirão seus frutos. Elas nunca voltam vazias. Funcionam como sementes e produzem segundo sua espécie. Para bem ou para mal as palavras criam a nossa realidade, governam nosso mundo físico, psicológico, mental, emocional, espiritual…

Há pessoas que usam sua boca de modo desastrado, falando o que querem, sem reflexão. Poucos desconfiam que o destino está sendo tecido pelas palavras de suas bocas. O mesmo Salomão diz em Provérbios 18.7 que “a boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma”. Dezenas de horas de gravação de conversas de certos atores políticos revelam os personagens em seus bastidores. O teor das conversas e a qualidade dos argumentos, demonstram o modo como funcionam. Suas próprias bocas se incumbem de remover-lhes as máscaras. Estão presos pelas palavras de suas bocas!

Vamos, entretanto, deixar por um pouco o poder de destruição das palavras e vamos voltar nossos olhos para aquilo que podem produzir de bom. Nossas palavras podem produzir aquilo que quisermos. Somos seres de linguagem. Fomos estruturados linguisticamente. Fomos desenhados para funcionar de modo linguístico. É no continente da linguagem que se encontram nossos maiores problemas bem como nossas maiores delícias. As palavras evocam os mais variados sentimentos e provocam as mais diversas emoções. Estão sempre carregadas por uma espécie de energia ainda não compreendida, que acende ou apaga a luz, motivando ou desmotivando, alegrando ou entristecendo, criando ou destruindo…. Já que a palavra tem todo esse poder, precisamos leva-la a serio! Se, conforme o texto de Salomão, as palavras da minha boca podem me prender, o oposto também será verdadeiro. Do mesmo modo que prendem, também libertam… Podem destruir, mas também podem construir… Podem adoecer, mas também podem curar…

Há aqueles que sabem do impacto que suas palavras podem produzir e usam suas línguas com sabedoria. Em Provérbios 10.11 o sábio diz que “a boca do justo é fonte de vida”. Estes sabem que tudo está relacionado a palavras. Sabem que elas regulam a temperatura do nosso mundo e providenciam o estofo para a criação da realidade que nos envolve. Sabem que cada um se farta do fruto de sua própria boca. O sábio em seu livro maravilhoso chega ao ponto de dizer que a vida e a morte estão no poder da língua! (Prov 18.21) e diz que quem bem a utiliza comerá o seu fruto! Uau!! Por essas, e por muitas outras razões que não cabem aqui neste breve texto, use bem a sua boca, escolha as melhores palavras, use-as com graça e sabedoria, construa os melhores e mais elegantes argumentos… Pode esperar uma temporada de frutos doces. A vida, sem dúvida, vai lhe sorrir! 

 

 

 

 

 

 

Esquerdismo — a infância da política

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Esquerdismo — a infância da política

Por Luiz Leite

A infância é geralmente caracterizada por um conjunto de comportamentos marcados por pequenas inconsistências, até certo ponto toleráveis, próprias de um indivíduo que ainda não atingiu a idade madura. Dirigida por sentimentos e uma série de pulsões primitivas, a criança é regida pelo princípio do prazer, conceito freudiano bastante comum no estudo e descrição do psiquismo infantil. Por óbvia inferência, nesta fase a razão e o bom senso ainda não orientam o pensamento e nem regulam a ação. Desse modo, não se pode esperar de uma criança, grande elaboração de ideias e, tampouco, um comportamento que leve em consideração as regras e demandas do universo adulto. Embalada por fantasias e medos, a criança não tem condições psicológicas nem cognitivas para fazer leituras e interpretações balanceadas da realidade complexa que a envolve.

A termo “infância” geralmente remete-nos à cronologia da vida biológica, e quando nos referimos à essa infância estamos falando de uma fase, um estágio no desenvolvimento de um ser humano quando corpo e mente ainda não atingiram sua maturidade. A medida de anos que estabelece quando se atinge a maturidade biológica é fixada por uma régua relativamente bem definida. Existem, porém, outras infâncias e adolescências. Podemos considerar uma infância ou adolescência espiritual, uma infância emocional/psicológica, bem como uma infância ou adolescência intelectual, política, ou até mesmo financeira… Não existe, para esses casos, um período que defina o fechamento dos ciclos. Um indivíduo pode chegar aos 40 anos de idade cronológica e, apesar de ter alcançado a maturidade biológica plena, apresentar um comportamento de um garoto de 15!

Quando eu era menino, – diz o apóstolo Paulo em sua carta aos Coríntios, – falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino. (1 Co 13:11) No contexto da cultura de Paulo, e por extensão, em todo o mundo antigo, não havia o conceito da adolescência. Dava-se um pulo, direto da infância, para a vida adulta. Talvez o caso mais extremado seja o caso de Esparta, onde os meninos, “depois de passarem os primeiros 7 anos de vida com a família, eram enviados para centros de treinamento para serem educados e transformados em guerreiros. Até os 11 anos, o jovem espartano passava pelo primeiro ciclo, a meninice, em que recebia o treinamento militar básico.” Assim, a chamada meninice dos 7 aos 11 anos, era dedicada a treinamento militar básico. Não havia refresco!

A sociedade ocidental moderna mudou muito. Em alguns aspectos, para melhor, em outros, não tanto. Os rituais de passagem nas sociedades antigas, marcavam a transição de fases e, de certo modo, ajudavam o indivíduo a se posicionar e assumir responsabilidades acerca de seu novo papel. Nesses nossos dias, amadurecer e assumir responsabilidades não é algo tão comum como se deveria esperar. Muitos amadurecem fisicamente mas psicologicamente permanecem meninos, manhosos e chorões. Poucas coisas são tão constrangedoras como uma pessoa adulta (faça-se aqui as devidas concessões) vivendo uma relação permanentemente parasitária, às custas de outrem. É absolutamente embaraçoso ver um indivíduo adulto querendo ter suas necessidades supridas por outros meios que não seus próprios méritos.

Os movimentos sociais de esquerda funcionam mais ou menos assim. É a política da primeira infância. A política do “Eu quero porque quero!” é muito perigosa. A criança, segundo a psicanálise, é um perverso polimorfo. Não importa se é do outro… Se não me der eu grito, esperneio, mordo, bato, puxo os cabelos, sem dó…O esquerdismo é infantil em muitos aspectos, por essa razão barulhento, e por definição, baderneiro, desordeiro… Consegue, em casos, até chegar à idade juvenil, mas raramente amadurece. Os arroubos de idealismo incendiados por muita paixão e pouca reflexão, exercem forte apelo ao psiquismo infantil. Não é por outra razão que seduzem as massas que, sem consciência crítica, como crianças, são facilmente encantadas e mobilizadas.

Identifica-se no discurso da ideologia política de esquerda um conteúdo alienante e em nada libertário como querem fazer crer seus ícones. Estados de orientação comunista, seja leninista, maoista, ou de qualquer outra ordem, já provaram-se, historicamente, um erro. Suas populações são infantilizadas e, em diversos aspectos,  impedidas de amadurecerem. Como poderia amadurecer intelectualmente e espiritualmente um povo que tem seu acesso à informação e sua liberdade de expressão cerceada pelo Estado? Até hoje na Rússia existem pessoas que não sabem quem foi Nicolau II, seu último imperador! Mesmerizados pela máquina da propaganda estatal que projeta o ego grandioso de seus líderes, como crianças, olham para as estátuas majestosas como se fossem verdadeiros deuses. O Estado e seus governantes são divindades substitutas (digo isto em meu livro Eles Profanaram o Sagrado) e o culto a eles toma lugar das religiões comumente banidas ou reprimidas. Governantes corruptos, desonestos, frequentemente perversos, são venerados como salvadores. É a figura do pai totêmico. Ainda que estejam completamente errados e em débito para com a justiça, faz-se sacrílego aquele que ousar apontar seus crimes. Vê-se claramente nesses grandes experimentos sociais a infantilização de populações inteiras.

Quando eu era menino pensava como menino e como menino abracei a ideologia de esquerda. Justiça social era um tema que me incendiava. A perversa distribuição de renda no Brasil, país injusto e desigual, era a prova que eu precisava para adotar a ideia de que os fins (a promoção da justiça) justificavam os meios (O achaque dos mais ricos). Deveríamos tirar dos mais ricos e dar para os mais pobres. Isto soa muito bonito aos ouvidos de uma criança mas não pode fazer sentido algum aos ouvidos de uma pessoa madura. O discurso esquerdista é infantil, bestializante e mal intencionado. Só se rende aos seus apelos aqueles que são muito românticos (ingênuos) e pouco maduros, psicológica ou intelectualmente. À propósito, veja-se o que um certo Sr. Maduro está fazendo com um lindo país, logo ali do outro lado da fronteira! Qualquer pessoa amadurecida espiritual, psicológica e intelectualmente há de chegar à conclusão que o princípio do prazer – que rege o universo infantil do “eu quero e eu quero agora!” – é a marca inequívoca dos movimentos e regimes de esquerda.

A julgar pelos regimes comunistas ou, se não tanto, simpáticos ao comunismo e de orientação esquerdista, o que se pode observar é estarrecedor. A truculência e a opressão do mais forte governam com mão de ferro, do mesmo modo que acontece com as crianças nas brincadeiras na rua ou no pátio da escola. Como delinquentes juvenis, não querem estudar, não querem trabalhar, e sempre encontram alguém a quem culpar por aquilo que lhes falta. Verifica-se o caos, a baderna administrativa, a sangria dos recursos, a corrupção endêmica, em todos eles, desde a China ao Equador, da Rússia à Venezuela, da Coréia do Norte à Cuba. É óbvio, que nesses “paraísos” onde os pobres são tratados de modo tão “paternal”, a imprensa não pode noticiar, a polícia não pode investigar e o judiciário não pode emitir sentenças… Estão amordaçados!

Em nosso país, o desastre em que nos envolvemos nos expôs ao ridículo diante dos olhos do mundo. Estamos constrangidos e embaraçados… Temos vergonha de um país do qual devíamos nos orgulhar… Se por um lado o vexame nos fez enrubescer, por outro lado podemos ter algum alento e até mesmo dizer graças a Deus, por termos tido nossas vergonhas expostas. É a oportunidade de reconstruir um novo país. Um fato recente, o rompimento da barragem de rejeitos em Mariana, Minas Gerais, é uma parábola triste e que aplica muito bem ao mar de lama em que se encontra nossa administração pública. O dano causado vai levar anos para recuperar, como serão necessários muitos anos para recuperar o nosso, um dia belo e hoje triste Rio Doce. Mas, a lição não pode se perder. O Governo de uma nação como essa não pode ser confiado à crianças, a delinquência juvenil, à irresponsabilidade de baderneiros esquerdistas. Se, entretanto, aqueles que se julgam maduros não tomarem a frente, em uma verdadeira cruzada, os tais baderneiros, para o nosso pesadelo, podem voltar, porque eles falam a linguagem dos infantes, e para o nosso espanto, a maior parte daqueles que tem o poder de voto, não amadureceram ainda (intelectualmente) e são, como já fartamente verificado, massa de manobra fácil. Como já disse Dostoievski, “Pode-se dizer tudo a uma criança – Tudo!” 

 

 

Religiões, filosofias, ideologias… Existe uma melhor que outra?

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Religiões, filosofias, ideologias… Existe uma melhor que outra?

Por Luiz Leite

Religiões, filosofias, ideologias, teorias, metodologias, por mais distintas que sejam, e por mais que, em certos aspectos, se hostilizem, têm um  ponto de contato onde se encontram e se beijam. Todas padecem de uma pretensão incorrigível, uma espécie de moléstia incurável, que é a presunção de apresentar ao mundo o melhor sistema, a melhor, a mais completa e certeira das escolhas. Temos visto nos últimos anos o Brasil chafurdando-se numa crise política e econômica sem precedentes. Na base do colapso político e econômico encontramos as crenças e práticas daqueles que tinham nas mãos as rédeas do país. Não bastasse a soberba pretensão de se acharem senhores da melhor teoria política, achavam também que o modelo econômico desastrado a nós apresentado alguns anos atrás pomposamente como a Nova Matriz Econômica, era a melhor aposta para reestruturar os fundamentos de nossa economia. Paremos por aqui, pois não quero que meu leitor passe mal!

Um sistema de crenças, quer seja religioso, filosófico ou político, uma vez construído, dificilmente pode ser desmantelado. Morrem os homens, ficam as ideias. Às vezes, mesmo mortos os homens, séculos, milênios, serão necessários para o descarte de uma ideologia. Curioso e, em alguns casos, assustador, é ver, vez por outra, ideias que há muito já se consideravam extintas, reerguendo-se de seus túmulos seculares. No contexto da fé religiosa, veja-se o caso do Arianismo, doutrina criada por Ário (256-336 d.C), em Alexandria, Egito. Classificada e condenada como herética no concílio de Niceia (325), a cristologia de Ário parecia ter ali seu ponto final… Através dos primeiros séculos da história da igreja a heresia teve altos e baixos, até desaparecer. Entretanto, após séculos outras heresias voltaram a surgir compartilhando a teologia Ariana. Por volta do final do século XIX nos EUA, surgiu um pequeno grupo de crentes que reuniam-se para estudar a bíblia. O pequeno grupo, mais tarde conhecido como a Sociedade da Torre de Vigia, traria das cinzas a heresia Ariana, pelo menos em parte, adotando uma forma semi-ariana de cristologia. Ário, de algum modo, voltou.

Teorias “científicas” há muito tidas como mortas, começam a se levantar de suas tumbas como verdadeiros zumbis, pondo-se a caminhar por aí. Hoje encontramos nas redes sociais um debate inútil que discute se a Terra é mesmo um globo, como ensina a ciência moderna. Pois, incrível que pareça, há um grupo que contesta e procura provar que tudo não passa de um grande embuste, ou seja, os livros, cientistas, governos e mídias mentem numa espécie de conspiração cuja finalidade não explicam direito. São os crentes na teoria da Terra Plana. Milhares de pessoas, senão milhões, acreditam que a Terra não é um globo, mas uma estrutura plana!

Enfim, ainda que divergentes, providenciando munição e combustível para alimentar guerras insanas, todas as religiões, ideologias políticas, linhas de pensamento filosófico ou científico, partilham a presunção de ter a melhor proposta para os homens e seus dilemas. Desse modo, o católico acha que tem a melhor versão do cristianismo, e mais, detêm as chaves do céu, um vez que, segundo sua doutrina, fora da igreja (católica) não há salvação! Permanecendo no universo das religiões, se considerarmos apenas os três grandes blocos monoteístas, judeus, cristãos e muçulmanos, fica claro para qualquer observador que os mesmos não se beijam. Ainda que não publicado de forma tácita, existe um certo desprezo de uns para com os outros. Beligerância também não falta, notadamente por parte dos adeptos do Islamismo, contra judeus e cristãos. O mundo tem assistido com perplexidade os ataques constantes contra cristãos e judeus se repetirem praticamente todos os meses, senão semanas.

É difícil julgar qual religião, ideologia política, pensamento filosófico é melhor… A princípio, por respeito à diversidade e por força do bom senso, cada sistema é bom, à seu modo. Assim, compreende-se que o julgamento desses valores não é tarefa fácil, mas podemos bem nos utilizar de um critério certeiro que Jesus  Cristo nos dá para que possamos observar os indivíduos e suas ideologias, avaliar e tirar nossas próprias conclusões. A regra simples apresentada por Jesus diz que pelo fruto se conhece a árvore. O critério não deve ser utilizado para julgar, mas para discernir e fazer diferença entre uma coisa e outra. Os frutos produzidos por esses sistemas, ou seja, a sociedade por eles gerada, a civilização por eles construída, é a referência à partir da qual considerações poderão ser feitas.

Como você compra suas frutas no mercado? Existem dezenas, centenas de exemplares diante de você. O que você faz? Observa um e outro, examina, compara, e por fim escolhe… Pelas informações colhidas você elege aqueles que deseja levar para casa. O uso da comparação é um recurso comum e válido para escolhermos o melhor. A julgar pelo estado e qualidade dos frutos, pelas evidências inequívocas que um indivíduo, sociedade ou civilização produzem, podemos concluir se este ou aquele sistema é melhor ou pior.

Podemos comparar os dados e concluir. Há civilizações mais avançadas que outras, sem dúvida… De igual modo, há sociedades mais retrógradas que outras… Para se considerar os níveis de progresso, de avanço de uma determinada sociedade, o fiel da balança é o valor e os cuidados dispensados à pessoa humana. O indicador criado pela ONU no século passado, o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano), aponta os frutos como resultado do nível de desenvolvimento de uma sociedade. A qualidade de vida é o critério central de sua avaliação. Se há justiça social, se há respeito ao ser humano, se há condições básicas de saúde, educação, moradia, alimentação, emprego e segurança, então estamos diante de fatores sólidos, tangíveis, quantificáveis… Podemos sim, a partir desses fatores (indicadores) dar notas a esses sistemas e pelos seus frutos concluir: Este é melhor do que aquele! Se o fiel da balança é o homem, onde houver melhores condições de vida e mais garantias de liberdade para o indivíduo expressar sua humanidade, sem dúvida, este ou aquele lugar será melhor para se viver!

 

 

 

 

Profetismo Desvairado

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Profetismo Desvairado
Por Luiz Leite

Estamos em 2017. Nem sei como chegamos até aqui! A julgar pelo profetismo desvairado que hoje encontra nas redes sociais grande vitrine e audiência, estamos no lucro… Ufa! Que alívio! O Brasil deveria ter sido destroçado em junho, em agosto, em setembro, em dezembro… Tudo isso em 2016!

Nossa economia, que já vinha flertando com o abismo deveria ter se precipitado num buraco sem fundo… Nossa política que já se encontrava nas mãos de um bando de corruptos certificados internacionalmente, deveria estar agora nas mãos de um renegado filho do cão… Nossas cidades litorâneas, já empesteadas pelo caos administrativo, dengue e crime, seriam devastadas por um tsunami de proporções impensadas…

Tudo isso em 2016, segundo videntes e sonhadores, todos falando em nome do Senhor. Muitas pessoas, das mais impressionáveis, talvez milhares, ficaram alarmadas, sob a sugestão tresloucada dos supostos profetas que, com vozes embargadas, enviaram suas mensagens, acompanhadas de datas tidas como certas para o cumprimento de seus augúrios.

Felizmente, o grande desastre na costa não aconteceu… Pude visitar minha mãe que mora no litoral e levar os sobrinhos à praia, pude nadar, mergulhar… Pude sentar—me relaxadamente e tomar água de coco com meus irmãos e irmãs enquanto as crianças brincavam nas águas tranquilas sob as cores de fins de tarde de beleza extravagante….

O grande desastre do mercado também não se concretizou (o que seria uma maldade para uma economia já tão combalida!). A economia segue, ainda que claudicante e frágil, dando sinais tímidos de recuperação… Não há espaço para enumerar aqui tantas profetadas destes supostos oráculos. Mais um ano pela frente e eles não se conterão. Logo estarão de volta, trazendo suas mensagens, recebidas em transes estranhos, visões e sonhos supostamente vindos do céu.

Foi por essas e por outras que Freud, dentre outros, voltou os olhos para esses fenômenos religiosos e os colocou sob os olhos desconfiados da suspeição. O que Freud e a psicologia vão colocar em questão é a validade destas e de outras muitas farsas que se pode observar no universo das religiões. E quando ousam afirmar que tais videntes padecem de alguma espécie de distúrbio psíquico não erram, nem com isso ferem o sagrado.

Por essa razão as Escrituras são extremamente inclementes com os tais profetas, pois são eles que comprometem e põem em descrédito o ministério dos profetas autênticos. Diz o SENHOR: “Acaso não tivestes visão de vaidade, e não falastes adivinhação mentirosa, quando dissestes: O Senhor diz; sendo que eu tal não falei? Portanto assim diz o Senhor Deus: Porque tendes falado vaidade, e visto mentiras, por isso eis que eu sou contra vós, diz o Senhor Deus.” (Ezequiel:13:7—8)

Fala Deus!

A Jornada

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A jornada

Por Luiz Leite

Estamos no início de mais um grande ano. Digo grande porque a jornada será bastante longa. Cobriremos cerca de 960 milhões de km! Do mochileiro ao caminhoneiro o consenso líquido e certo seria: É muito chão!

Em uma viagem tão longa assim é natural que um imprevisto ou outro venha a acontecer. Teremos que parar várias vezes e por várias razões. A vida, de modo geral, é mesmo assim. Como uma longa viagem. Há momentos que a gente vai ficar tão encantado com uma paisagem que vai querer parar, tirar foto, apreciar, contemplar… Em outros momentos seremos forçados, não por prazer ou escolha, a parar, diminuir a marcha, encostar …

Considerando a metáfora da viagem, na vida nem sempre as coisas fluem, nem sempre funcionam tão rápido e tão suavemente como gostaríamos… Há riscos, buracos na estrada, curvas perigosas, óleo na pista, motoristas irresponsáveis, embriagados e desatentos… Temos que cuidar de nós mesmos, mas estar também atentos aos movimentos dos outros.

Enfim, teremos momentos bons e agradáveis mas desencontros e dissabores também podem acontecer. O avião atrasa, o ônibus atrasa, o trânsito engarrafa, o carro quebra, a geladeira quebra, o gás acaba, o computador empaca, o relacionamento esfria… São as turbulências do vôo, as trepidações do caminho, os ruídos que agridem o silêncio… Em tempos assim os desesperados desesperam, os desequilibrados desequilibram, os loucos enlouquecem…

Não se desespere, não se desequilibre, não enlouqueça… quando as coisas se parecerem confusas, complicadas, quando você sentir—se temporariamente desorientado, tenha paciência, respire fundo, pense bem, pense melhor… Pode ser que você tenha perdido a conexão e o GPS está apenas esperando que a conexão seja restaurada… Ou, pode ser que você tenha deixado de seguir a rota por ele indicada e tomado um caminho errado, mas não se preocupe pois logo ele traçará outro itinerário.

Em situações assim muito vale a resignação dos santos, o recurso da fé, e até mesmo um pouco da indiferença dos estóicos, afinal podemos estar fazendo tempestade em um copo d’água, o que não é incomum. A jornada é longa. Procure manter—se conectado a Deus, não subestime o valor da oração, não negligencie o poder da palavra, não despreze a importância de congregar. Que o Senhor lhe conceda uma jornada feliz!

Feliz 2017
Luiz Leite

Planejamento

planejamento

Por Luiz Leite

O ano novo está logo ali! Estamos todos empolgados. Vamos começar mais um giro em torno do sol. Cantaremos, beberemos, dançaremos, celebrando o novo, mas, será que não continuaremos apenas repetindo o que já vinhamos fazendo? O que faremos? Como faremos? Para onde iremos? O que desejamos? Ah! Desejamos muitas coisas… Bom, podemos desejar muitas coisas, mas nada acontecerá se ficarmos apenas no desejo, certo?

Estou no momento no aeroporto de Brasília esperando meu próximo vôo. Todos os dias milhares de aviões decolam dos nossos aeroportos, milhões de carros tomam as estradas… Nenhum deles parte sem uma intenção e uma direção clara. Todos têm um plano. Dos tantos barcos que içam âncoras dos nossos portos a cada dia, todos sabem exatamente o que querem, onde desejam chegar. Seria inútil e até perigoso sair por aí sem um plano… Pois é exatamente assim que muitos milhões vão levando a vida.

Onde você quer ir? Onde deseja estar? O que intenciona alcançar ao longo e ao final da jornada de mais um ano (planejamento de curto prazo)? Na vida uma boa intenção é importante, mas não é suficiente. Estar bem intencionado apenas não basta! É imperativo que se esteja bem direcionado. Estamos prestes a embarcar em uma longa jornada. Serão muitos milhões de quilômetros, viajando a uma espantosa velocidade de cerca de 110 mil quilômetros por hora… Pois bem, qual a finalidade? Você tem um plano?

Algumas pessoas tem crenças limitantes acerca da importância de planejar. Para tais pessoas planejar causa desconforto. Julgam que com isso estariam de algum modo ferindo a soberania de Deus! Nada mais equivocado do que esta noção. Esta espiritualidade pouco refletida tem engessado milhões e milhões de pessoas em uma mentalidade não só triste como também pobre.

O  planejamento faz parte da natureza de seres inteligentes. Dotado com a capacidade de pensar, o homem afronta a Deus quando não faz uso de sua inteligência e, pior, usa a religião para justificar sua preguiça, sua indolência. Se Deus não quisesse que planejássemos, não nos teria feito inteligentes. Então vamos lá! Deixe de insultar o Criador, faça uso da benção da inteligência e planeje seus, dias, semanas, meses… Bem intencionado e bem direcionado, munido de um bom plano, o ano que inicia terá tudo para ser um sucesso! Feliz 2017!

HABEMOS HEROS

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Por Luiz Leite

Um país precisa de heróis. Aqueles ícones da historiografia que arrebatam, fascinam e inspiram… Com exceção dos heróis domésticos, nossos pais e mães, o Brasil é um país pobre em termos de heróis. Nossa história até que tentou produzir alguns aqui e ali, mas sem sucesso. A República, que nasceu às pressas, sem bandeira, nem hino – para nossa vergonha cantou-se a Marselhesa, hino Francês, quando de sua proclamação! Também sem heróis, tiveram que chamar, às pressas, o pobre alferes mineiro Joaquim José da Silva Xavier, vulgo Tiradentes, do seu silêncio sepulcral, para servir ao novo regime como figura central no projeto republicano de unificar o grande e disperso país.

Tentaram nos convencer do heroísmo de Tiradentes, da bravura de Caxias, da ousadia de Dumont, mas apesar dos esforços dos artífices da nação, permanecemos sem heróis de fato! A futilidade de muitos dá mais projeção aos astros do futebol do que àqueles que se entregam à causas de maior relevância na construção da nação. Em palestra dia desses em Santiago do Chile, compartilhei com os presentes sobre o desconforto que sinto quando, ao dizer no exterior que sou do Brasil, vejo as pessoas relacionarem meu país ao futebol! Para nossa felicidade, entretanto, parece-nos que finalmente teremos um herói de verdade, alguém que deixará uma marca na história de que não se poderá esquecer facilmente, alguém de quem poderemos finalmente nos orgulhar!

Não é necessário dizer: “Guarde bem esse nome!” Sergio Moro não vai entrar para a história. Já entrou! E, não sei se melhor, ou pior, já virou mito, uma espécie de semi-divindade que vem conquistando a simpatia – e voto! – de milhões de brasileiros revoltados com a propinocracia que se instalou na vida pública como metástase! O cancro que já ia carcomendo tudo com uma voracidade assustadora deparou-se com um potente opositor!

O nome Sergio Moro tornou-se uma poderosa franquia cujo valor, talvez nem ele mesmo possa estimar. Estará grudado em nossa memória por muitos e muitos anos e, ainda que se diga que o brasileiro tenha memória curta, neste caso o mantra deve colarO jovem e destemido juiz da “instância agrícola de Curitiba”, assim pejorativamente designada pela defesa de Lula, será lembrado por muitos anos. Moro não é apenas destemido. É temido também. Está armado e é perigoso. Armado de provas fartas contra os desmandos de inúmeros políticos, empreiteiros, lobistas, doleiros, marqueteiros, e demais sanguessugas que há muitos anos, num conluio diabólico, vinham surrupiando verbas públicas.

Os programas sociais do governo populista que aparelhou e arrasou a economia do Brasil nos últimos anos, não passavam de um truque de ilusionismo… Encantou muita gente mundo a fora! Tanto os de lá – mormente a esquerda deslumbrada, é claro! – como os incautos do lado de cá, batiam palmas e conferiam ao mago ilusionista  e mentiroso confesso, diplomas de Doutor Honoris Causa, sem jamais desconfiar que, como faz o Cão, o Tinhoso, o Coisa ruim, dava com a colher e tirava com a concha.

Cabe ainda a metáfora que envolve o traficante e a população das áreas carentes espalhadas, para o nosso maior constrangimento, por todas as grandes cidades brasileiras. O traficante distribui favores à população e a população responde ao favorecimento ilícito, providenciando suporte ao traficante. Sim, era mais ou menos por aí que funcionava a política no Brasil. Sentíamo-nos (a maior parte da população) roubados, lesados, ludibriados, defenestrados, no mais lato dos sentidos. Estávamos angustiados, aflitos, governados por quadrilheiros de fato…

Em meio à tão grande desespero, – como estávamos angustiados! – para a nossa alegria, eis que surge, no meio do caminho, uma pedra! Bom, a partir daqui, já não é necessário dizer mais nada! Habemos heros! Temos um herói! Sem dúvida, a partir daqui, sem medo de incorrer  em um rasgo de empolgação otimista, a nossa história passa a ser reescrita. Possivelmente como a.M e d.M.! Obrigado Paraná! Obrigado Curitiba!

Internet, redes sociais e outras modernidades…

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Internet, redes sociais e outras modernidades

Por Luiz Leite

Quando a modernidade começou a se estabelecer de modo contundente a partir do séc XIX a humanidade, que não estava preparada para mudanças tão bruscas, teve que se adaptar, à toque de caixa, para assimilar o novo que, como dizia o poeta Belchior em sua canção épica, sempre vem.

Tabus centenários seriam reduzidos a pó na esteira de um furacão de novidades nunca antes vistas. O comportamento social passaria por modificações profundas. O famigerado banho, sim o banho, que por séculos, por recomendação médica devia ser evitado, agora passava a ser recomendado semanalmente… Alguns cometiam o excesso de tomar banho duas vezes por semana! Mulheres eram recomendadas a não lavar as partes íntimas pois comprometia a fertilidade!

O ambiente da medicina fervilhava com novidades. A ciência avançava. A “descoberta” do uso “medicinal” do tabaco pela comunidade “científica” recomendava o uso da droga como benéfico; profissionais da medicina emprestavam seu nome e reputação a campanhas de marketing que estimulavam os homens a fumarem… Estas, dentre tantas outras “descobertas”, às vezes nocivas,  às vezes inócuas, enchiam os jornais de novidades a cada dia.

A tecnologia, por sua vez introduzia o novo de modo assustador. O navio a  vapor, o trem, o automóvel, o avião, dentre outras invenções, eram vistas com reservas por muitos. Ouvia-se sermões acalorados condenando a invenção do avião pois, como criam muitos líderes de religião, a ousadia do homem “tentava o senhor Deus”, afinal o céu era para os pássaros, e não para os homens.

Algumas décadas mais tarde a televisão surgiria e seria resistida como um instrumento de satanás! Nos anos 80 surgiriam os primeiros PCs – os personal computers – e nos anos 90, a internet, maior revolução da informação desde a invenção da imprensa de Gutemberg. Este fenômeno recente – liberada no Brasil apenas em 1995 – ainda não foi devidamente assimilado pela primeira geração em seu contato com o novo.

Hoje ainda é comum ouvirmos no meio religioso, tradicionalmente conservador e, em certos aspectos reacionário, críticas à Internet, às redes sociais, como se tais coisas fossem crias do Demo… A Internet pode, sim, ser um ambiente maligno, nocivo, perigoso, dependendo do uso se faz dela. A título de exemplo, se a pessoa faz uso de seu carro de modo estúpido, pode vir a ter, ou causar, grandes e graves prejuízos. Há pessoas que revelam-se estúpidas ao volante… O carro, entretanto, nada tem a ver com tal estupidez!

De igual modo, a Internet é, em si, neutra. Certamente neste ponto eu serei contestado. Alguns insistiriam que não é neutra… É verdade que se oferece ali todo tipo de conteúdo. Ainda assim a escolha do site a ser acessado está no poder do internauta. O indivíduo pode perder-se no universo da pornografia, ou mergulhar no universo da teologia, da filosofia ou da poesia… Ao ver vídeos no Youtube uma pessoa pode ouvir palestras maravilhosas do TED, mensagens edificantes de pensadores seletos, ou perder horas assistindo vídeos sensacionalistas, de conteúdo questionável…

O mal uso da internet e das redes sociais por pessoas que buscam visibilidade do modo mais medíocre possível ou por aqueles que elegem sites fúteis para neles chafurdarem suas almas, não pode roubar o valor que tais ferramentas possuem! Enfim, a única coisa que pode fazer da Internet uma ferramenta estúpida, é o uso que os estúpidos fazem dela!

Construindo a vida sonhada

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Novo livro de Luiz Leite (Lançamento Editora Petrus)

Todo livro é um discurso sobre o mundo. Seja para entendê-lo, explicá-lo, ou, simplesmente, admirá-lo! Cheio de segredos, o mundo fascina. Decifrá-lo é uma obsessão que nos consome vida afora. Passaremos a maior parte dos nossos dias tentando montar o grande e surpreendente quebra-cabeça. Mesmo que circunscritos a recintos limitados, a cubículos minúsculos dentro do grande plano, prosseguiremos nessa busca movidos por uma inquietação imensa e uma curiosidade sem fim. Erasmo de Roterdam, o pensador bem-humorado, dizia que o caminho mais acertado para uma vida feliz é o caminho da simplicidade, o caminho de uma ignorância ingênua.

Seria bom, se fosse tão simples assim. Não é. A necessidade de compreender, bem como explicar o mundo ao redor é inerente à natureza humana. Não tem como deixar de fazer perguntas! Somos seres de linguagem. Temos por principal veículo de comunicação a linguagem falada. A necessidade de comunicar nos levou a inventar um modo de transmitir nossas experiências. Assim nasceu a escrita, e por consequência o livro, esse registro fantástico que preserva o pensamento por gerações. Os livros vêm em muitos formatos e atendem a muitas finalidades. Não importa a forma, o propósito de quem escreve é compartilhar.

Muitos se debruçam sobre a vida para compreendê-la, desvendar seus segredos. Nessa busca alguns acabam esbarrando em descobertas que julgam importante compartilhar. Desse modo nascem os livros mais importantes do mundo. Este livro foi escrito a partir dessa necessidade de partilhar. É um discurso sobre o anseio comum a todos: o sonho de uma vida bem provida, sem o constrangimento de lacunas não preenchidas e peças faltantes. Este livro se propõe a preencher algumas dessas lacunas, lançando luz sobre áreas antes obscuras. Como uma lanterna, iluminará o caminho rumo à organização e construção da vida sonhada.

Que vida você deseja? Como tudo mais, a vida desejável é algo a ser construído, bloco por bloco, cuidadosamente! As instruções estão aqui e ali nas oficinas e nos livros, esse depositário, por excelência, de conhecimentos acumulados de milênios de experiências e experimentos. Neles se encontram registros de fracassos e êxitos de todos os empreendimentos do homem em sua peregrinação pela história. Como disse Jorge Luis Borges “O livro é a grande memória dos séculos… se os livros desaparecessem, desapareceria a história e, seguramente, o homem”.

Publicamos este livro com o propósito de enriquecer você! Padecemos dessa obsessão: Promover o crescimento das pessoas. Leia com calma, sem pressa, pois há pérolas espalhadas por todo o percurso! Será impossível não se sentir inspirado, motivado, após sua leitura. Certamente se tornará uma referência em sua busca pessoal por sentido. As considerações aqui feitas não apenas desafiam, mas enchem de entusiasmo, gerando uma vontade imensa de superar as barreiras que limitam, de romper os obstáculos que se interpõem em nosso caminho. A abordagem inteligente e o arranjo com que as ideias são apresentadas torna a leitura fluida, fácil e extremamente agradável. Você está prestes a entrar na sala dos tesouros. Fique atento, não perca nenhum detalhe! Nessa jornada a leitura reflexiva certamente lhe apresentará as sonhadas chaves que abrem as portas e concedem o acesso. Se você estiver pronto para este livro, esteja certo que ele sequestrará sua mente e coração pelos próximos dias, meses e anos, tornando-se um daqueles preciosos livros de cabeceira, leitura a ser revisitada muitas vezes. Não estranhe se, após terminar a primeira leitura você sentir um impulso para lê-lo uma segunda, terceira, quarta vez.

Trecho extraído da introdução de A caça ao Tesouro – Um roteiro para a vida dos sonhos

 

A CAÇA AO TESOURO

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Novo livro de Luiz Leite

Lançamento Petrus

Se você estiver pronto para este livro, esteja certo que ele sequestrará sua mente e coração pelos próximos dias, meses e anos, tornando-se um daqueles preciosos livros de cabeceira, leitura a ser revisitada muitas vezes. Leia-o, portanto, com calma, sem pressa, pois há pérolas espalhadas por todo o percurso! Será impossível não se sentir inspirado, motivado, após sua leitura. Certamente se tornará uma referência em sua busca pessoal por sentido. Não estranhe se, após terminar a primeira leitura você sentir um impulso para lê-lo uma segunda, terceira, quarta vez.

“Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas; os livros só mudam as pessoas.”    ( Mário Quintana)

Pedidos: contato@editorapetrus.com.br

Alice e Dilma… Impichadas!

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Impichada

Por Luiz Leite

Aprouve ao destino que eu estivesse em Palmas, Tocantins, no dia 17 de abril de 2016, para assistir a um raro espetáculo do jogo político, a votação de um processo de impeachment. O termo, anglicismo já popularmente assimilado, despacha explicações. Ainda que utilizado em sua forma original, não resistimos e aportuguesamos o verbete, como já aconteceu antes com inúmeras palavras. Dilma foi impichada! Ouviram-se foguetes e palmas, de Palmas, a capital do mais jovem estado da União. Milhões pelo país afora folgaram de alívio, vislumbrando o fim de uma era que destroçou a economia deixando de saldo uma década perdida e a imagem internacional do país enxovalhada por escândalos que comprovam que a voracidade da corrupção não tem fim nem fundo.

O primeiro caso de impeachment registrado na história aconteceu em 1376, na Inglaterra, país que criou o dispositivo com a finalidade de punir aqueles que se encontravam fora do alcance da lei. Latimer, um Lord inglês foi acusado de alta traição e desvio de recursos mas o rei Eduardo 3° o absolveu. Os ingleses tomaram gosto pelo impeachment e no ano seguinte, 1377, condenaram por corrupção a primeira mulher, Alice Perrers – Dilma será a segunda em séculos, se o Senado aprovar – que, por corrupção, teve seus bens confiscados e foi banida do reino. O último registro de impeachment na Inglaterra, que terminou em absolvição, se deu em 1806.

Além da Inglaterra, a história registra apenas Paraguai, Equador e Irã, com um caso de impedimento cada. No Brasil, Rui Barbosa, um dos responsáveis pela constituição de 1891, que previa o uso do impeachment, era cético acerca de sua funcionalidade. Disse: “a responsabilidade criada sob a forma de impeachment é absolutamente fictícia, irrealizável, mentirosa.” Enganou-se. Em um período relativamente curto de tempo nos sagramos bicampeões da modalidade e, parece que estamos tomando gosto pela prática, a julgar pelo frenesi que tomou a nação, que de olhos atentos aos monitores de TV acompanhava o show no plenário da câmara dos deputados como se assistisse a uma final de copa do mundo do futebol. Seria um sonho se ultrapassássemos os ingleses em termos de solidez institucional, como aconteceu com aquele famoso jogo de bola que eles inventaram e nós aperfeiçoamos! Temo, entretanto, que tal façanha leve ainda alguns séculos! Tenhamos paciência. Eles também precisaram de muito tempo para atingir a maturidade institucional de que hoje desfrutam.

É o carro enguiçado, é a lama, é a lama…

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É o carro enguiçado, é a lama, é a lama…

Por Luiz Leite

O Brasil tornou-se objeto de espanto para o mundo. O jornal britânico “Financial Times” publicou: “Se o Brasil fosse um paciente internado, os médicos do pronto-socorro o diagnosticariam como doente terminal.” Segundo o jornal, um senador do próprio PT teria dito:“Os rins já pararam; o coração vai em breve”. O jornal verifica o óbvio ao dizer que “as finanças públicas estão em desordem…”  a economia, “uma desordem”.  Sim, o Brasil está derretendo. O carro enguiçou. A situação entretanto mostra-se mais crítica quando se nota que o carro enguiçou em uma subida (a breve farra das comodities e do crédito fácil, entre outros) e agora desce de ré… pior, os calços até aqui colocados não estão conseguindo conter o movimento ladeira abaixo… Presos em uma assustadora espiral descendente, a economia entra em colapso e ninguém sabe ao certo como e quando o pesadelo termina.

Estamos emperrados em um atoleiro político e econômico sem precedentes. “É o carro enguiçado – diria Tom Jobim – é a lama, é a lama…”  Falando em lama, conversando dia desses com um amigo, engenheiro da Samarco e participante da comissão criada para gerenciar o imenso caos em que a empresa se meteu com a tragédia de Mariana em Minas Gerais, pude ouvir pela primeira vez uma defesa da empresa que todos estão demonizando. Segundo o engenheiro da Samarco – uma joint-venture entre as duas maiores mineradoras do mundo (Vale S/A e PHP Billiton) – não houve negligência, o que houve foi um acidente triste e acidentes, como é sabido, acontecem.

O desastre de Mariana, o maior desastre ambiental de nossa história, é apenas uma parábola, um sinal físico, simbolizando uma chaga espiritual, moral, ética, de proporções muito maiores. O mar de lama despejado sobre o coração do Brasil pelo rompimento da barragem é uma metáfora do mar de lama que cobre o Planalto Central. Tenho muito mais confiança na integridade e profissionalismo dos gestores da Samarco do que nos gestores da coisa pública nos palácios de Brasília. Se a tragédia de Mariana, como afirmam muitos especialistas, foi um acidente, a tragédia que acontece no Planalto Central e devasta toda a nação passa longe disso. Trata-se de má fé, negligência, acobertamentos, aparelhamento descarado do Estado para fins ideológicos acima dos interesses da nação.

A recuperação do Rio Doce, com sua flora e fauna, vai demorar muito tempo. A Samarco vai pagar o preço que a justiça estabelecer. A multa até agora foi de apenas R$ 1 bilhão de reais. O grupo, entretanto, já está sendo muito mais pesadamente penalizado. Somente a Vale S/A já perdeu mais de R$ 15 bilhões em valor de mercado. Suas ações despencaram para os patamares mais baixos de sua história, desde que abriu o capital. É o Brasil derretendo… As duas empresas símbolo do orgulho da nação hoje tornaram-se motivo de vergonha. A Vale afundando por um acidente, a Petrobrás e seus parceiros adúlteros, por formação de quadrilha facultado por apadrinhamento político. É o fim do caminho…

Para aumentar o terror e pesar a mão nos tons sombrios, tanto os especialistas da mineração, como os analistas políticos e econômicos alertam para o rompimento de outras barragens…. É possível que venhamos a sangrar um pouco mais. O rombo ainda não foi devidamente mensurado. Há muita apreensão acerca da CPI do BNDES. É possível, dizem alguns, que o escândalo da Petrobrás venha se parecer com brincadeira de criança, quando se abrir a caixa preta do BNDES. O Brasil, entretanto, é maior do que a sanha desses sanguessugas lesa-pátria. A recuperação será lenta, devendo demorar muito tempo para se sanear o dano causado pelo mar de lama que a presente administração lançou sobre o país. Apertem os cintos cidadãos e cidadãs. Que Deus nos ajude! E fortaleça o Judiciário!

 

 

 

 

 

Poeira das estrelas?

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Poeira das estrelas?

Por Luiz Leite

Gosto da teoria do Design Inteligente. Não posso dizer que sou um defensor capaz – faltam-me os prazos para a obtenção dos conhecimentos necessários – mas acredito plenamente na ideia central por trás da teoria do Design, de que, não uma força, mas uma mente soberana, pessoal, inteligente, cria e coordena a exuberância estonteante que se observa por todos os lados.  Sim, sou criacionista convicto. Os defensores do Design Inteligente, negando que o universo e seus atores sejam produto do acaso evolucionário, sustentam que toda a natureza, incluindo a criatura humana, é óbvio, foi “desenhada” de modo deliberado, propositado. Nada que é produto de planejamento inteligente pode ter sido concebido senão para funcionar, e ainda, para dar certo. Só podemos ter sido desenhados e criados a partir desta perspectiva! Toda e qualquer hipótese que fuja desse desfecho é, por definição, incoerente.

Tem grande ênfase no discurso dos defensores do Design a complexidade da estrutura física da criação. Os detalhes intrincados que se encontram abundantemente em todos os seres, desde micro-organismos às estruturas mais complexas, revelam uma engenharia tão sofisticada que não faria sentido sem que houvesse alguém por trás de sua concepção! Deixando por um pouco a diversidade indescritível dos detalhes de seres e sistemas, o assombro aumenta quando nos voltamos para o topo da escada onde se encontra o homem, a mais fantástica de todas as criaturas. Para além do assombro da constituição física, vamos encontrar a não menos admirável constituição psicológica deste ser incrível. O aspecto psicológico/espiritual da criatura magnífica a distancia sobremaneira de tudo o que se conhece. É o diferencial da mente inteligente, esse “detalhe” que separa, como abismo intransponível, o homem das demais criaturas.

Nesse oceano da mente inteligente, entretanto, as certezas são poucas, os questionamentos superabundam e as repostas são raramente conclusivas. O homem vê-se inseguro e limitado nessas águas. Sua ciência dá passos de bebê… Ainda assim é nessa incrível oficina que desenvolve sua criatividade e inventa coisas incríveis. Inquieto, está sempre em movimento, inventando respostas para os problemas que afligem sua alma e seu mundo. Trabalhando para melhorar suas condições, às vezes, entretanto, bota fogo na própria casa e vê alguns de seus experimentos explodirem, Literalmente. Sustenta, todavia, que a intenção era das melhores. Ainda que sua estruturação psíquica, moldada de maneira desastrada pela cultura, mostre-se defeituosa, impondo limitações de todas as ordens em várias áreas, pode-se, mesmo sob os escombros da decadência, verificar beleza e grandeza incomparáveis nesta criatura que tanto assusta quanto fascina.

Não, a criatura magnífica não é apenas poeira das estrelas. Os misóginos a desprezam e querem-na extinta. Eu a amo, e a quero redimida. Assim quis o Filho de Deus ao oferecer-se como sacrifício na cruz do calvário, aquele paradoxo de difícil assimilação para tantos. Segundo o próprio Filho: “Deus amou o mundo de tal maneira, que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.”  (Jo 3.16)