Uma guerra de narrativas

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Educação Política – A guerra de narrativas (por luiz leite)

É bastante claro – para quem não é politicamente alienado – a cruzada que a Globo e a grande mídia de um modo geral vem travando contra o presente Governo. Quem assiste Jornal Nacional, lê Época, Veja, Folha de São Paulo, O Globo, entre outros grandes veículos de peso, pode ver, todos os dias, apenas uma versão da história: Bolsonaro é ridículo, um fascínora, um boçal!

Na verdade essa guerra não começou ontem! Todos eles, desde há muito, o tratam como representante da opressão e do atraso. Se levantaram contra o então candidato, durante a campanha presidencial e o massacraram o quanto puderam, de todos os modos.

Por alguma razão que nenhum especialista, nenhum cientista político, nenhuma lógica explica, ele os venceu a todos. A história todos já sabem: Sem tempo de TV, sem verbas de campanha, sem apoio da mídia, sem partido até quase o último momento, alvo de terríveis campanhas difamatórias de todas as partes, acabou subindo a rampa do palácio do Planalto, para horror de seus opositores. Como nada nem ninguém explica a eleição do homem a quem os desafetos chamam de facista, entre outros adjetivos até mesmo impublicáveis, muitos recorrem a Deus para resolver o mistério e sustentam: Só pode ter sido Deus! Sim, dizem, Deus o elegeu.

No último dia 25 de agosto milhares de brasileiros decentes, sem articulação do governo ou de partidos, foram às ruas em defesa de uma pauta por um Brasil melhor. As 5 pautas da grande manifestação foram:

1. Contra a articulação do STF para promover a soltura do líder da quadrilha, condenado em 3 instâncias por unanimidade;

2. Pela Liberdade para os agentes públicos do COAF, BACEM e Receita Federal continuarem fazendo o seu trabalho sem ingerência do STF;

3. Pelo Veto total do presidente à Lei de Abuso de Autoridade de Renan Calheiros, concebida para proteger os corruptos e intimidar os agentes da lei;

4. Pelo cumprimento do regimento interno do senado, para que o presidente Davi Alcolumbre coloque me votação 17 pedidos de Impeachment de ministros do STF; Líderes do Legislativo e do Executivo foram condenados e presos. Os ministros do STF não são deuses!

5. Para que o Congresso aprove o voto distrital já para o ano que vem, para prefeitos e vereadores.

Pois bem, qualquer cidadão patriota há de concordar que essa pauta é para promover um país mais justo e melhor. Pois sabem qual dos órgãos de mídia citados deram manchete para a grande manifestação? Nenhum! Todos, no outro dia, falaram de futebol, ou das queimadas na Amazônia e das “ameaças” de Macron!

O Fantástico dedicou quase toda a grade às queimadas para tentar “queimar” o governo. Nunca se viu a imprensa tão claramente engajada em uma feroz guerrilha ideologica como então.

Há, sim, uma guerra em andamento, uma guerra de narrativas, para usar o jargão corrente. A Esquerda prometeu que teria resistência e está cumprindo o que prometeu. Para tanto moverá todos os esforços, e isto, sem ruborizar com sua completa ausência de escrúpulos… Pallocci, o ex-homem forte do governo Petista – que parece ter algum escrúpulo – resolveu confessar seus crimes como integrante do grupo criminoso ao qual pertenceu e começou a falar o que sabe sobre o BNDES.

Os rombos de Mensalão e Petrolão comparados ao dano que os quadrilheiros causaram aos cofres do país através do BNDES poderão parecer coisa de pequena monta. Não importará, entretanto, o que falarão os investigadores e delatores, a narrativa descarada da negação de seus crimes vai continuar. E também não importa o que digam os fatos, os dados, os números, ainda assim, muitos continuarão apoiando o sindicato do crime e seus líderes com os quais o PCC, a maior facção criminosa do Brasil, afirma que mantinha uma conversação “cabulosa”. Faz sentido, afinal falam do que lhes é próprio!

Quanto a Bolsonaro, segue falando algumas bobagens aqui e ali. O Brasil vai, aos poucos, se conformando com o estilo atípico do estadista. Pode ser bronco, sem refinamento (refinado era o Hadad, aquele que foi condenado a pouco a 4 anos por corrupção), mal educado, desbocado, e outras coisas de que lhe acusam… Se, todavia, pelo menos for honesto, o Brasil já estará no lucro. Éramos até a pouco uma cleptocracia desavergonhada. Todos roubavam, em todos os níveis do governo, razão vociferam contra os planos de privatização de estatais ineficientes. Brigam tanto por um Estado gordo, imenso, lento e inepto por se valem de muitas tetas para o seu projeto de poder. Para eles partido e ideologia estão acima do próprio país.

Parece que esses tempos chegaram ao fim! O fato desse presidente ter conseguido a façanha de formar um gabinete de ministros sem negociar com partidos lhe deu a possibilidade de cumprir uma promessa de campanha que em outros tempos e cenários seria impossível. Ministérios inteiramente técnicos que não precisam da benção de partido nenhum para pendurar em seus cabides seus apaniguados chega a parecer um sonho! É coisa nunca antes vista nesse país! Ministério da justiça nas mãos de um magistrado respeitável, ministério da economia dirigido por um homem de visão liberal, desestatizante, entre outros, enchem de esperança aqueles que viam o país atado às amarras de uma ideologia fracassada em todos os cantos onde se instalou.

Bolsonaro não deve mudar seu estilo. Vai continuar invocando a Bíblia e repetindo o bordão do qual a Esquerda tem ódio mortal: A verdade! Para enervá-los em cada fala cita Jesus Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Vai continuar incomodando ao falar de família, proteção das crianças, do direito à vida… Os elementos fundamentais do pensamento da Direita conservadora continuarão presentes em seu discurso: Deus, Pátria e Família! (tradicional), bem como valores como honestidade, integridade, e transparência, coisas essas que jamais se vê na narrativa do pensamento canhoto, ainda que seu ícone maior reinvidique o posto soberbo de alma mais honesta desse país!

Enfim, a guerra de narrativas vai continuar. Bolsonaro vai continuar se escudando com a verdade, que invoca em todas as suas falas. Vai continuar fechando seus discursos com o seu famoso bordão: “Brasil acima de tudo! e, DEUS acima de todos! Pois, quer gostemos, quer não, temos um presidente terrivelmente patriota e vamos ouvir pelos próximos 4 anos, ou quiçá, por muito tempo mais, esse grito de guerra do exército brasileiro que esoalhou-se pela nação e agora tornou-se o grito de guerra de 57 milhões de civis! Brasil acima de tudo!

Luiz Leite
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