O que é Bolsonaro, afinal?

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Por Luiz Leite

Bolsonaro é um fenômeno político. Sim, é assim que os analistas políticos (até mesmo seus críticos) se referem a ele. Era, até há poucos dias, quase que completamente desconhecido da maior parte do eleitorado que pouco ou nada sabe de política… (A ignorância, nesse caso, como na maioria dos outros, não é por falta de inteligência, mas por pura falta de interesse!)

Como cresceu tanto em visibilidade em tão pouco tempo? A resposta está na própria pergunta! Não é exatamente Bolsonaro que cresceu, por força de estratégias espertas, são as circunstâncias que o estão revelando. O mito, como o chamam seus seguidores, é uma construção, uma colagem, a soma de todas as revoltas, de todas as raivas, e também de todos os medos de milhões, muitos milhões de brasileiros que se sentem ultrajados pelo acinte, pela arrogância, pela desonestidade, pela imoralidade da Esquerda.

Ao mesmo tempo que milhões o amam e veem nele a salvação (Ele já disse que tem por segundo nome Messias, mas não é o salvador da pátria), outros milhões celebraram o ato covarde que por pouco não o matou, quando suas vísceras foram rasgadas por um golpe de peixeira. Aquilo sim foi golpe!

Eu não o amo nem o odeio. Não vejo nele a salvação de um país que tem muito ainda a consertar. Não tenho ilusões. Já vi muitos experimentos turbulentos na história das nações e sei que as coisas não se resolvem tão fácil como gostaríamos. Não é preciso amar o Bolsonaro, nem tampouco odiá-lo. Bolsonaro é apenas um cidadão para o qual as atenções se voltam em busca de socorro. Sim, o Brasil está inseguro, angustiado e pede socorro! Nele se encontram depositadas, nesse momento, a esperança de muitos.

Ao declarar sua raiva pelo Bolsonaro você vai, possivelmente, ter que odiar seus pais, seus avós, seus tios, aquela gente simples, da antiga, de caráter sólido e valores inegociáveis, gente honesta, gente de bem… Procure dentre os tais, homens de família, de vida honrada, trabalhadores, empresários corretos, gente que faz esse país andar, e verá uma coisa: Não é Bolsonaro que os representa, são eles que representam Bolsonaro! Entendeu?

Para odiar Bolsonaro, você também, indiretamente, estará odiando seus mentores espirituais, gente que te carregou nos braços e nos joelhos, em oração, nos tempos de sua angústia. Aqueles que estarão à sua disposição com palavras e conselhos que você certamente não encontrará em uma reunião dos LGBT e demais amantes da esquerda!

Enfim, possivelmente, sua vó aquele amorzinho de pessoa também é Bolsonaro! Certamente ela diria: #Ele sim, minha filha! Ele sim, meu filho!